Jovens – Lição 7- A Realidade Bíblica do Casamento

TEXTO BÍBLICO

Marcos 10.1-9

E, levantando-se dali, foi para o território da Judeia, além do Jordão, e a multidão se reuniu em torno dele; e tornou a ensiná-los, como tinha por costume.

– além do Jordão. Essa região era conhecida como Pereia. Jesus ministraria ali até partir para Jerusalém, pouco antes da Semana da Paixão.

E, aproximando-se dele os fariseus, perguntaram-lhe, tentando-o: É lícito ao homem repudiar sua mulher?

– fariseus. Os fariseus era uma seita legalista de judeus conhecida por sua estrita devoção à lei cerimonial (Mt 3.7). aproximando-se… o experimentaram, perguntando-lhe. O s fariseus queriam desacreditar publicamente o ministério de Jesus. Eles esperavam que a resultante perda de popularidade pudesse facilitar o projeto que tinham de destruir Jesus.

A Pereia também era governada por Herodes Antipas — que já havia prendido João Batista por causa da visão que ele tinha sobre o divórcio e o segundo casamento.

O s fariseus certamente esperavam que um destino semelhante caísse sobre Jesus. É lícito ao marido repudiar sua mulher? Os fariseus tentaram pegar Jesus por meio de um assunto volátil dentro do judaísmo do século 12: o divórcio.

Havia duas escolas de pensamento, uma que permitia o divórcio por praticamente qualquer motivo, e a outra que negava o divórcio, exceto quando estivesse baseado em adultério (Mt 19.3). Os fariseus sem dúvida esperavam que Jesus assumisse urna dessas posições, caso em que perderia o apoio da outra facção.

Mas ele, respondendo, disse-lhes: Que vos mandou Moisés?

– Que vos ordenou Moisés? Jesus estabeleceu as regras básicas adequadas para a discussão. A questão não estava relacionada às interpretações rabínicas, mas ao ensino da Escritura.

E eles disseram: Moisés permitiu escrever carta de divórcio e repudiar.

– permitiu. A lei Mosaica — como os fariseus foram forçados a admitir — em lugar nenhum ordenava o divórcio. A passagem em questão (Dt 24.1-4) reconhecia a realidade do divórcio e buscava proteger os direitos e a reputação da esposa, assim como regulamentar o segundo casamento. 

carta de divórcio. Nesse documento, era exigido do marido que declarasse a razão para o divórcio, protegendo assim a reputação da esposa (caso ela fosse de fato inocente de um mau procedimento). Também servia como sua liberação formal do casamento e afirmava o direito dela de casar-se novamente presumindo que não fosse culpada de imoralidade).

A ala liberal dos fariseus dera um falso sentido a Dt 24, ensinando que o divórcio era permitido em qualquer caso que fosse (citando como base legítima acontecimentos triviais como o fato de a esposa estragar o jantar ou de o marido simplesmente encontrar uma mulher mais desejável), contanto que a papelada correta fosse preparada. Desse modo, eles transformaram um detalhe, mencionado apenas de passagem, na ênfase principal da passagem.

5 E Jesus, respondendo, disse-lhes: Pela dureza do vosso coração vos deixou ele escrito esse mandamento.

– dureza do vosso coração. Veja notas em 3.5, 6.52. Refere-se à busca flagrante e sem arrependimento da imoralidade sexual — o divórcio deveria ser um último recurso para se lidar com essa dureza de coração. Os fariseus interpretaram de modo incorreto a graciosa provisão de Deus na permissão do divórcio (sob certas circunstâncias), crendo que o Senhor o havia ordenado.

6 Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea.

– desde o princípio. O divórcio não fazia parte do plano original de Deus para o casamento, que era o de que um homem se casasse com uma mulher para a vida toda (Gn 2.24). homem e mulher. Lit., “um homem e uma mulher”, Adão e Eva. Marcos faz menção de Gn 1.27; 5.2.

7 Por isso, deixará o homem a seu pai e a sua mãe e unir-se-á a sua mulher.

– Jesus levou a questão para além (das minúcias rabínicas sociais tecnicalidades do divórcio, indo ao plano de Deus para o casamento.

A passagem citada por Cristo (Gn 2.24) apresenta três razões sobre a inviolabilidade do casamento:

1) Deus criou apenas dois seres humanos, não um grupo de homens e mulheres que poderiam se juntar como quisessem ou trocar de parceiros quando bem entendessem;

2) a palavra traduzida como “unir-se” significa, lit., “grudar-se”, refletindo assim a força do elo matrimonial;

3) aos olhos de Deus, marido e mulher são “uma só carne”, formando uma união indivisível e manifestando essa unicidade num filho.

8 E serão os dois uma só carne e, assim, já não serão dois, mas uma só carne.

– E os dois. A expressão não ocorre na passagem hebraica citada por nosso Senhor. Ele o fornece gratuitamente, incorporando o significado manifesto do original. 

serão uma só carne, isto é, serão tão intimamente unidos que, em suas relações terrenas ou corporais, constituirão como se fossem uma unidade de ser. assim, já não são dois, mas sim uma só carne. O que precedeu é a citação de Gênesis 2:24.

Esta é a inferência do próprio Salvador a partir da linguagem citada. Marido e mulher, embora em certo sentido dois, ainda, se cumprirem o ideal divino, não são mais dois. Eles são apenas metades de um todo, “uma só carne”. Se não fosse pela intervenção do pecado, a união mais agradável concebível seria realizada em sua experiência. [Morison, aguardando revisão]

9 Portanto, o que Deus ajuntou, não o separe o homem.

– Até agora nosso Senhor pode parecer ter argumentado contra a poligamia e não o divórcio; mas agora ele faz uma aplicação de suas declarações anteriores de forma que satisfaça completamente o presente caso, declarando que é ilegal para o homem separar (ou cortar violentamente) aquilo que o próprio Deus uniu.

Em outras palavras, o casamento não sendo uma instituição humana, mas divina, e contemporânea com a própria raça, não pode ser anulado ou mesmo modificado por qualquer autoridade inferior àquela que o criou primeiro. [Alexander, aguardando revisão]

– OBS.: Todos os comentários, exceto os com citações, são da Bíblia de Estudo MacArthur, SBB, Edição de Janeiro de 2017)

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INTRODUÇÃO

Uma das instituições mais valorizadas pela fé cristã é o casamento. Por meio dele, Deus abençoa a união lícita entre um homem e uma mulher, bem como os filhos dessa união.

Mas esse modelo divino vem sendo ameaçado por uma série de opções modernas que renegam a união pretendida por Deus, tirando a sua sacralidade e banalizando o projeto divino. Nesta lição, estudaremos o casamento segundo a Bíblia.

– Casamento é uma aliança sagrada entre um homem e uma mulher perante Deus. O casamento envolve proximidade espiritual, emocional e física.

No Velho Testamento, aprendemos: “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gênesis 2:24).

O marido e a mulher devem ser unidos em tudo o que for possível. Desde o princípio, o casamento foi instituído por Deus para ser o padrão para os demais tipos de relações existentes entre os seres humanos, expressando amor, compromisso, fidelidade e cuidado mútuo.

Como união profunda que é, o casamento produz um senso de satisfação mútua para o casal, além de servir para glorificar a Deus, cumprindo aos Seus propósitos.

  1. Uma definição.O casamento pode ser definido como a união entre um homem e uma mulher, que decidem formar uma família, apoiando-se mutuamente e demonstrando amor e respeito um pelo outro, por meio de um acordo perante Deus e a sociedade. Reiteramos que a Palavra de Deus requer que essa união seja feita entre um homem e uma mulher, pois tal perspectiva vem da própria criação divina, que fez um homem e uma mulher para que se ajudassem e se completassem. Sempre que há um casamento, ele é realizado com a presença de três participantes: Deus, o Criador, o homem e a mulher – seres criados.

– A instituição do Casamente está presente em todas as culturas e tradições. Parece ser isto um indicador de sua origem divina, assim mesmo como está nas Escrituras.

Sejam hindus, sejam budistas, muçulmanos, judeus, indígenas, tribais africanos, qualquer que seja a cultura ou época, encontraremos esta instituição presente, com algumas variações culturais e de tradições, mas o cerne é o mesmo – a união de um homem e uma mulher para constituírem uma família, e os objetivos dessa união é o mesmo em qualquer destas culturas ou tradições, a complementariedade!

E isso é incrível! Todos nós nascemos com necessidades fundamentais, dentre elas estão as necessidades afetivas, de segurança, de valorização, de interação social, etc.

De certa forma, através do casamento, muitas dessas necessidades podem ser satisfeitas, quando dois se tornam um, perante Deus.

A união do casal envolve o senso de amor e pertencimento por meio da conexão física e emocional que se faz entre os cônjuges. O equilíbrio afetivo também pode ser desenvolvido e alcançado num relacionamento que é mais estável e duradouro, como o casamento.

2. Deus e o casamento. O Eterno também participa do casamento, pois foi Ele que o instituiu. Deus estabeleceu também os princípios pelos quais o casal deve se relacionar, de tal maneira que se um homem é fiel à sua esposa e cuida dela.

Ele é fiel ao Senhor e demonstra seu temor ao Eterno, e se a mulher é fiel ao seu esposo e cuida dele, ela também demonstra sua fidelidade e temor a Deus.

Esse é o comportamento esperado por Deus de quem se casa. Entretanto, nem sempre o povo de Deus no Antigo Testamento seguiu essas orientações, pois eles tomavam como exemplo as práticas dos povos à sua volta.

O profeta Malaquias, em seus dias, retratou uma realidade vergonhosa entre os seus contemporâneos. Os homens traziam suas ofertas e se derramavam em lágrimas diante de Deus, mas o Eterno os rejeitava.

E você sabe qual o motivo da rejeição de Deus para os homens do povo? “[…] Porque o SENHOR foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira e a mulher do teu concerto” (Ml 2.14).

Aparentemente, os homens estavam se divorciando de suas esposas e se casando com mulheres mais novas, e isso foi abominação diante do Senhor.

Não adianta uma pessoa casada ser desleal com seu cônjuge e tentar se achegar a Deus seguindo os protocolos do culto, como se isso fosse lhe garantir a bênção divina, O testemunho do Todo-Poderoso, portanto, dentro do casamento, é algo muito sério.

– A Bíblia em nenhum lugar afirma explicitamente em que ponto exato Deus considera um homem e uma mulher casados.

Existem três pontos de vista comuns:

1) Deus só considera um homem e uma mulher casados quando são legalmente casados – isto é, quando se tornam marido e mulher aos olhos da lei.

2) Um homem e uma mulher são casados aos olhos de Deus quando completam algum tipo de cerimônia formal de casamento envolvendo votos de aliança.

3) Deus considera um homem e uma mulher casados no momento em que se envolvem em relações sexuais.

Vamos examinar cada uma das três visões e avaliar os pontos fortes e fracos de cada uma.

1) Deus só considera um homem e uma mulher casados quando são legalmente casados. O apoio bíblico normalmente dado a essa visão é o comando para obedecer às leis do governo (Romanos 13:1–7; 1 Pedro 2:17).

O argumento é que, se o governo exige que certos procedimentos e documentos sejam preenchidos antes que um casamento seja reconhecido, o casal deve se submeter a esse processo. É definitivamente bíblico que um casal se submeta ao governo, desde que os requisitos não contradigam a Palavra de Deus e sejam razoáveis. Romanos 13:1–2 nos diz: “Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas.

De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação.” No entanto, existem algumas fraquezas e possíveis problemas com essa visão.

Primeiro, o casamento existia antes de qualquer governo ser organizado. Por milhares de anos, as pessoas se casaram sem uma certidão de casamento.

Em segundo lugar, ainda hoje existem alguns países que não têm reconhecimento governamental do casamento e/ou nenhum requisito legal para o casamento.

Terceiro, alguns governos impõem exigências antibíblicas ao casamento antes de ele ser legalmente reconhecido. Por exemplo, alguns países exigem que os casamentos sejam realizados em uma igreja católica, de acordo com os ensinamentos católicos, e supervisionados por um padre católico.

Obviamente, para aqueles que têm fortes divergências com a Igreja Católica e com a compreensão católica do casamento como um sacramento, seria antibíblico submeter-se ao casamento na Igreja Católica.

Em quarto lugar, tornar a legitimidade da união matrimonial dependente exclusivamente de estatutos governamentais é sancionar indiretamente a definição estatutária de casamento, que pode flutuar.

2) Um homem e uma mulher são casados aos olhos de Deus quando completam algum tipo de cerimônia formal de casamento. Alguns intérpretes entendem Deus trazendo Eva a Adão (Gênesis 2:22) como Deus supervisionando a primeira “cerimônia” de casamento – a prática moderna de um pai dar sua filha em um casamento reflete a ação de Deus no Éden.

No capítulo 2 de João, Jesus participou de uma cerimônia de casamento. Jesus não teria comparecido a tal evento se não aprovasse o que estava ocorrendo. A presença de Jesus em uma cerimônia de casamento de forma alguma indica que Deus exige uma cerimônia de casamento, mas indica que tal cerimônia é aceitável aos olhos de Deus.

Quase todas as culturas na história da humanidade observam algum tipo de cerimônia formal de casamento.

Em cada cultura há um evento, ação, convênio, voto ou proclamação que é reconhecido como uma declaração de que um homem e uma mulher estão se casando.

3) Deus considera um homem e uma mulher casados no momento em que se envolvem em relações sexuais.

Há alguns que entendem que isso significa que um casal não é verdadeiramente “casado” aos olhos de Deus até que tenham consumado o casamento fisicamente. Outros argumentam que, se um homem e uma mulher fazem sexo, Deus considera os dois casados.

A base para essa visão é o fato de que a relação sexual entre marido e mulher é o cumprimento final do princípio de “uma só carne” (Gênesis 2:24; Mateus 19:5; Efésios 5:31).

Nesse sentido, a relação sexual é o “selo” final da aliança matrimonial. No entanto, a visão de que a relação sexual constitui o casamento não é biblicamente correta. Se um casal é legal e cerimonialmente casado, mas por algum motivo não pode ter relações sexuais, esse casal ainda é considerado casado.

Sabemos que Deus não iguala a relação sexual ao casamento com base no fato de que o Antigo Testamento frequentemente distingue uma esposa de uma concubina.

Por exemplo, 2 Crônicas 11:21 descreve a vida familiar de um rei: “Amava Roboão mais a Maaca, filha de Absalão, do que a todas as suas outras mulheres e concubinas; porque ele havia tomado dezoito mulheres e sessenta concubinas; e gerou vinte e oito filhos e sessenta filhas.”

Neste versículo, as concubinas que tiveram relações sexuais com o rei Roboão não são consideradas esposas e são mencionadas em uma categoria separada. Além disso, 1 Coríntios 7:2 indica que o sexo antes do casamento é uma imoralidade.

Se a relação sexual fizesse com que um casal se casasse, isso não poderia ser considerado imoral, pois o casal seria considerado casado no momento em que tivesse relações sexuais.

Não há absolutamente nenhuma base bíblica para um casal não casado fazer sexo e depois se declarar casado, declarando assim que todas as futuras relações sexuais são morais e honrosas a Deus.

Alguns mencionam Gênesis 24 e a história de Isaque e Rebeca como exemplo de um casal que se casou apenas por meio de relações sexuais, sem nenhum tipo de cerimônia. No entanto, os detalhes que antecedem o casamento revelam que um processo formal foi seguido.

O pai de Isaque, Abraão, deu a seu servo uma lista de coisas a fazer para encontrar uma esposa para Isaque (Gênesis 24:1–10). O servo fez tudo o que seu mestre pediu, além de orar a Deus por orientação e confirmação (versículos 12–14).

Deus o guiou e também confirmou todos os “testes” do servo para mostrar que o casamento de Isaque e Rebeca foi realmente aprovado por Deus (versículos 15–27). O servo da vontade de Deus estava tão convencido que imediatamente relatou ao irmão de Rebeca, Labão, todos os detalhes que confirmavam a escolha de Deus (versículos 32–49). Quando o jantar foi servido, todos sabiam que isso era de Deus, que Isaque e Rebeca deveriam se casar (versículos 50–51).

Em seguida, um dote foi pago e contratos verbais foram firmados entre eles (versículos 52–59). Assim, o casamento mencionado no versículo 67 dificilmente foi baseado em um mero ato sexual.

Os procedimentos culturais e as tradições de dote foram cumpridos, as condições foram atendidas, as respostas às orações foram vistas e a óbvia bênção de Deus estava sobre todo o cenário. Então, o que constitui o casamento aos olhos de Deus?

Parece que os seguintes princípios devem ser seguidos:

1) Contanto que os requisitos sejam razoáveis e não contrários à Bíblia, um homem e uma mulher devem buscar qualquer reconhecimento governamental formal disponível.

2) Um homem e uma mulher devem seguir quaisquer práticas culturais, familiares e de aliança normalmente empregadas para reconhecer um casal como “oficialmente casado”.

3) Se possível, um homem e uma mulher devem consumar o casamento sexualmente, cumprindo o aspecto físico do princípio de “uma só carne”. Extraíde de: https://www.gotquestions.org/Portugues/constitui-casamento.html.

3. A bênção de Deus para aqueles que se casam.

Da união do primeiro casal, Adão e Eva, propagou-se a humanidade. A Palavra de Deus fala que Adão e Eva tiveram dois filhos: Caim e Abel. Esse foi um sinal da bênção de Deus para o primeiro casal, ou seja, poder manter a perpetuação da família por meio de descendentes.

Apesar de em nossos dias vermos pessoas não crentes que defendem o aborto, a Palavra de Deus nos diz que ter filhos é um sinal da bênção de Deus (Dt 28.11). Na atualidade, os filhos continuam sendo “herança do SENHOR, e o fruto do ventre, o seu galardão” (SL 127.3).

– O propósito de Deus com o casamento é a união de um homem e uma mulher no nível mais profundo possível, produzindo assim o maior senso de satisfação pessoal para o casal. Tornamo-nos mais completos quando vivemos para o outro.

Dentro do casamento o cônjuge aprende a renunciar o egoísmo e solidão, aprende a dividir as cargas, vivendo para fazer o outro feliz.

Além disso, é através do casamento (Gênesis 1:27-28) que:

a benção de Deus foi concedida ao casal e à família

Deus concedeu a fertilidade e multiplicação dos seres humanos

houve o direcionamento para povoamento e cuidado com a terra

o domínio sobre todos os animais foi concedido

estabeleceu-se a construção de famílias estruturadas

fundou-se lares protegidos pelo compromisso firme e duradouro

ocorre uma vivência mais próxima de amor e unidade

Acima de todos os propósitos imagináveis (veículo de amor, companhia, segurança, proteção etc.), o casamento promove a união de vidas com o propósito de servir aos propósitos de Deus para a vida de ambos, apesar das dificuldades.

O que o casamento representa

Essa união é uma figura do próprio relacionamento de Deus com o Seu povo. Há uma comparação direta entre o amor de Cristo pela Igreja e o amor do marido pela sua esposa (Efésios 5:25). O homem e a mulher carregam em si a imagem de Deus.

E, ao unirem-se no casamento, representam a renúncia do egoísmo. Assumem um compromisso auto sacrificial de amarem-se e cuidarem um do outro. Tornam-se um com o outro. Nada é especificamente de um só, mas dos dois.

Essa parceria iniciada no relacionamento conjugal desdobra-se no desenvolvimento da matriz familiar, que consolidará às demais instituições sociais. O casamento deve representar:

amor sacrificial,

fidelidade incondicional,

renúncia,

parceria,

cuidado,

amizade,

perdão,

consagração,

respeito mútuo, etc.

Esses e outros valores podem ser comparados ao amor do Pai celestial pela Sua Igreja. Ao assumir esse caráter, o casamento pode projetar na família e na sociedade, reflexos fidedignos da graça e do amor que vem de Deus. Este texto foi extraído na íntegra de: https://www.respostas.com.br/o-que-e-casamento-para-deus/.

PENSE! Deus fez homem e mulher, os abençoou e os fez frutificar, mostrando seu compromisso com o casamento desde a criação do mundo.

PONTO IMPORTANTE! O casamento e a família foram instituídos pelo Senhor (Gn 2.24).

II. O TRATAMENTO ENTRE O CASAL

1. Aliança diante do altar.

Como vimos, para o Cristianismo, o casamento é um evento celebrado diante de Deus, e ele é tão importante que somos informados da presença de Jesus numa dessas cerimônias, e foi lá que o seu ministério começou.

Ele havia sido convidado para a celebração em Caná, localidade na Galiléia, e quando houve a falta do vinho, Jesus interveio transformando a água em vinho e garantindo a continuidade daquela celebração.

O primeiro milagre do Senhor Jesus foi realizado em um casamento (Jo 2.11), pois os noivos o convidaram para participar com eles daquele momento ímpar em suas vidas. Quando um homem e uma mulher decidem se casar, não podem deixar Jesus de fora dessa decisão.

– A presença de Deus une o casal e guia-o nas dificuldades, fortalecendo contra os problemas que enfrentarão juntos. Saiba que o seu cônjuge vai te entristecer algum dia, e você também irá magoá-lo, certamente. Somos humanos, falhos e pecadores, suscetíveis a errar.

Somente a presença de Deus possibilitará a cada um a perdoar e amar, sendo aperfeiçoados a cada dia. Para ter um casamento feliz, você precisa convidar Jesus para estar presente no seu matrimônio. Isso é mais do que uma simples celebração religiosa.

É preciso que o casal ande constantemente com Deus, compreendendo e obedecendo à Sua Palavra. Não tente resolver os problemas do casamento sozinho. A aliança feita entre vocês leva em conta a presença de Jesus que quer ajudá-los e conduzir vocês para solucionar os problemas que enfrentarem.

2. O trato com a esposa.

Deus estabeleceu princípios para que o homem convivesse com sua esposa. Dentre eles, destacamos;

a) O amor. As Escrituras Sagradas afirmam que os maridos devem amar suas esposas “como também Cristo amou a igreja” (Ef 5.25). O padrão de Deus para que o homem aprenda a amar sua esposa é o amor de Jesus pela Igreja, e não menos do que isso.

b) A honra. O esposo deve honrar sua esposa, pois ela é participante com ele da vida eterna (1 Pe 37), Tal verdade revela o quanto as esposas devem ser honradas, respeitadas e ajudadas.

c) A proteção. Cabe ao homem defender sua esposa e prover o que for necessário para que ela se sinta protegida. Essa proteção deve ser física, emocional e espiritual. As orientações bíblicas em relação aos homens são bem contundentes e precisam ser seguidas.

O apóstolo Pedro destaca que se o esposo não tratar bem de sua esposa, suas orações serão impedidas (1 Pe 37). A afirmação quanto às orações serem impedidas de chegarem a Deus não é destinada às mulheres, somente aos homens.

– Homem e a mulher são seres muito diferentes. Mas Deus já sabia disso e levou em conta essas diferenças, projetando-as para que complementassem um ao outro no casamento. Ao unir dois seres diferentes, Deus estava mostrando que pode haver unidade na diversidade.

Apesar das diferenças, podemos amar um ao outro e nos esforçarmos para que o outro seja mais semelhante a Jesus Cristo. O casamento deve ter seu alicerce firmado nos parâmetros de Deus. Ele deve ser o centro e base para o amor (Eclesiastes 4:12).

Assim, dará certo. Com a benção de Deus irá funcionar como uma parceria amorosa entre homem e mulher, refletindo partilha, proteção, respeito, união, amizade, compromisso e amor dentro do núcleo familiar. A mulher é uma ajudadora nata.

A sensibilidade, resiliência, atenção aos detalhes, espírito de ajuda e cuidado são algumas das qualidades femininas que somam valor ao casamento (Pv 18.22).

A correspondência ao homem diz respeito às semelhanças, uma vez que os dois são igualmente dignos e valiosos. Os dois também são imperfeitos, falhos e precisam de compreensão e entreajuda para serem pessoas melhores.

O casamento foi feito para ser para sempre. O divórcio não deve ser uma opção para aquele que se casa. Separar-se é uma triste exceção, ou concessão, no caso de abuso e maus tratos. Mas Deus não planejou assim.

Para aqueles que foram unidos por Deus, é imperativo que não sejam separados por ninguém (de dentro ou de fora da relação). Preserve o seu casamento, ame, incentive o diálogo, o perdão e a compreensão mútua.

Dois que se tornam um. Sejam:

uma só carne (relacionamento físico/sexual)

um coração (relacionamento emocional),

com os mesmos sonhos e objetivos (aspectos intelectuais, alvos, metas)

mesmos princípios (relacionamento social, valores),

o mesmo Deus e Senhor (relacionamento espiritual).

Se é casado, deixe a vida de solteiro para trás. Agora vocês iniciaram uma nova família, um novo lar. Não há mais espaço para atitudes infantis, egoístas e objetivos unilaterais.

Cuide bem do corpo formado de duas pessoas. Se ainda não é casado e pretende dar esse passo, busque auxílio e orientação de Deus nesse sentido. Se já está casado, ore e busque a Deus para que fortaleça e seja o centro do seu matrimônio e família.

3. A mulher e o trato com seu esposo.

Salomão destaca que “quem encontra um a esposa encontra algo excelente. Alcançou a benevolência do SENHOR” (Pv 18.22), revelando, assim, a importância do casamento. Na Palavra de Deus, encontramos regras de convivência para o homem e a mulher.

A esposa deve honrar seu marido, respeitando-o e sendo submissa. A submissão tem o sentido de estar debaixo da mesma missão. Homem e mulher não são concorrentes diante de Deus, nem devem ser um para com o outro.

São companheiros que trabalham juntas em família com uma função específica. Ao homem, Deus deixou a responsabilidade de liderar o lar, com a certeza de que será cobrado de sua liderança. À mulher, Deus ordenou que fosse uma auxiliadora idônea, e isso em nada diminui o seu papel.

– O casamento foi criado para mostrar o amor fiel entre Cristo e a igreja. Existe para demonstrar o amor fiel à aliança e à graça que existe entre Cristo e a Sua igreja. Efésios 5.22-24.

Homens recebem as pistas de Cristo, como o cabeça e mulheres recebem as suas pistas da igreja chamada a permanecer em obediência a Cristo. Homens têm o maior fardo e a maior responsabilidade.

Ele deve tomar a iniciativa, liderar, sustentar, prover e proteger; isso está no cerne do que significa ser homem. A masculinidade redimida aponta para Cristo e exalta a Deus.

Liderança não são direitos: são pesos e responsabilidades. Piper define, de forma didática que Liderança é o chamado divino para um marido assumir a responsabilidade primária por direcionamento servil como o de Cristo, proteção e provisão do lar.[1] (Efésios 5), enquanto Submissão é o chamado divino para uma esposa honrar e afirmar a liderança do seu marido, e ajudá-lo a executá-la de acordo com seus dons (Efésios 5.22-33).

Dessa forma o casamento é uma comparação do relacionamento de Cristo com sua igreja. vv. 32: “Grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja”.

O marido se espelha em Cristo e a esposa segue as instruções da vontade de Deus para a igreja. vv. 25: “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela”. vv. 22: “As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como ao Senhor; porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja”. Leia mais em: https://voltemosaoevangelho.com/blog/2021/07/a-mulher-e-o-seu-ministerio-como-esposa-como-mae-e-na-sociedade/.

PENSE! Qual deve ser o parâmetro de amor de um homem para com sua esposa?

PONTO IMPORTANTE! O parâmetro é o amor de Cristo por sua igreja.

III. OUTRAS QUESTÕES SOBRE O CASAMENTO

1. A morte encerra o casamento.

O casamento é uma aliança com o Eterno que só termina quando um dos cônjuges falece. Nos dias do Apóstolo Paulo, como também acontece nos nossos, havia casos de viuvez, e ele recomendou que se a mulher viúva quisesse se casar novamente, estava livre para isso, desde que se casasse no Senhor.

Esse princípio também vale para os solteiros que ainda não contraíram núpcias. Um cristão jamais deve se casar com alguém que não seja crente, por mais bondoso que a pessoa seja. Paulo, escrevendo aos coríntios, pergunta: “E que comunhão tem a luz com as trevas” (2 Co 6.14)?

A fé cristã ensina que, para que o casamento seja harmonioso, deve ser pautado por princípios espirituais, e não somente nos atrativos físicos, pois a beleza e a juventude são efêmeras: “Enganosa é a graça, e vaidade, a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada” (Pv 31.30).

A escolha da pessoa com quem vamos nos casar é de nossa responsabilidade, entretanto devemos seguir os princípios da Palavra de Deus.

– “Porque a mulher que está sujeita ao marido enquanto ele viver, está-lhe ligada pela lei; mas, morto o marido, está livre da lei do marido” (Rm 7.9).

Até que a morte os separe – este é o prazo que Deus estabeleceu para o casamento de seus servos. Jesus disse: “portanto o que Deus ajuntou não o separe o homem” (Mc 10.9).

– O que a Bíblia afirma que é pecaminoso para um crente se casar com um não-crente:

1) Gênesis 1: O casamento existe para exibir a imagem de Deus por meio da obediência aos mandamentos de Deus relativos à fecundidade e ao domínio.

Em Gênesis 1.26-28, Deus designa o casamento para ser uma parceria no governo da criação sob o seu domínio. Se não reconhecermos que estamos governando sob o governo de Deus, então estamos governando sob o governo de um ídolo, ou uma combinação de uma série de ídolos.

Falando de forma prática, isso impacta cada decisão que você precisa tomar como casal. Por exemplo, como você decide o que deve fazer em qualquer aspecto da sua vida? Você deveria:

1) Fazer o que agrada ao Senhor?

2) Fazer o que agrada a si mesmo?

3) Fazer o que agrada aos outros?

Para o cristão, o número 1 supera os números 2 e 3. Para os não-cristãos, há apenas 2 e 3.

2) Gênesis 2: O casamento é uma parceria para servir a Deus. Gênesis 2 demonstra ainda mais esse fato. Gênesis 2.15-17 mostra como Adão é profeta/sacerdote/rei no reino do jardim onde Deus o colocou para governar dentro dos limites do reino supremo de Deus (simbolizado pelas duas árvores: benção e vida por viver sob o seu domínio; maldição e morte por recusar o seu governo).

O restante do capítulo detalha como Adão é incapaz de cumprir o seu chamado para ser profeta/sacerdote/rei sozinho.

Ele precisa de uma auxiliadora idônea para fazê-lo, então Eva é providenciada para que juntos eles cumprissem o chamado de Deus para glorificar o seu nome sob o seu domínio. Logo, o casamento é uma parceria.

“Não é bom que o homem esteja só” não é verdade principalmente porque o homem é solitário: é verdade porque ele é incompetente, mesmo antes da queda. Deus não criou o homem sozinho para ser competente para cumprir o seu chamado quanto à imagem de Deus. Ele criou homem e mulher em relacionamento para fazerem isso.

Homens e mulheres solteiros podem fazê-lo também, particularmente em relação à igreja sob o amor de Cristo, o cumprimento do casamento.

Então, em um casamento cristão, o casamento é uma parceria no evangelho. Por outro lado, casar com um não-cristão faz com que o casamento seja uma parceria em outra coisa. Texto extraído de: https://ministeriofiel.com.br/artigos/cristaos-podem-casar-se-com-incredulos/.

2. O divórcio.

O divórcio é o fim da união conjugal pela lei dos homens. Ele não foi planejado por Deus, mas era uma prática considerada comum nos tempos bíblicos por causa da dureza de coração de muitos. Havia quem pensasse que o divórcio poderia ser iniciado por qualquer motivo, como uma comida que foi queimada durante o preparo ou porque a esposa havia mudado sua jovialidade com o tempo. Mas Jesus deixou claro que o divórcio em caso de relações sexuais ilícitas era uma exceção (Mt 19.9).

Em nossos dias, o divórcio ganhou proporções alarmantes mesmo entre aqueles que se dizem servos de Deus. É preciso lembrar que a quebra da aliança com Deus e com o cônjuge tem um preço muito alto a ser pago, e quem sempre sofre com isso são os filhos.

– Em Mateus 19.9, relações sexuais ilícitas é um termo que abrange todo tipo de pecados sexuais. Tanto aqui quanto em 5.32 Jesus inclui essa “cláusula de exceção”, permitindo claramente que a parte inocente nesse tipo de divórcio se case novamente sem incorrer no estigma de alguém que “comete adultério”.

No versículo 10, os discípulos afirmam que, sendo assim, não convém casar. Eles entenderam corretamente a natureza da união do casamento e que Jesus estava estabelecendo um padrão bastante alto, permitindo o divórcio apenas nas circunstâncias mais extremas.

3. Morar juntos.

Lamentavelmente, o casamento vem sendo considerado dispensável por muitos jovens e adultos de nossa sociedade, que optam por “morar juntos”.

Há até aqueles que dizem que “amigado com fé, casado é”, e que “o casamento é somente um papel onde as pessoas assinam, pois que o papel aceita tudo”. A verdade é que quando um casal decide viver junto, sem um ato formal diante de Deus e da sociedade, está vivendo em fornicação, pois estão praticando o ato sexual de forma que desagrada a Deus.

A desculpa mais usada por quem adota essa prática é que, ao morar junto, o casal vai saber se conseguirá se adaptar ou não à vida a dois no futuro. Dessa forma, ambos estariam “experimentando” a vida de casados, mas sem se casar.

– O casamento foi instituído por Deus para criar relacionamentos fortes e duradouros. Deus criou o casamento para ser uma aliança para a vida toda entre um homem e uma mulher, um relacionamento especial, seguro e íntimo.

A relação sexual é uma coisa muito poderosa; dentro de um relacionamento estável de compromisso é muito bom mas fora desse ideal pode causar muitos problemas (1Co 6.18). O casamento serve para:

– Reconhecer a responsabilidade – no casamento, o casal faz um compromisso público. Assim, cada um é responsável não só perante o cônjuge mas também perante a sociedade e perante Deus.

O casal reconhece que o desrespeito do casamento trará consequências negativas não só no relacionamento mas também sociais e espirituais

– Proteger cada um – o casamento legal dá direitos legais a cada uma das partes, para impedir abusos

– Dar estabilidade aos filhos – o casamento pretende criar um ambiente de segurança para crianças, com o pai e a mãe comprometidos ao seu cuidado

Nem todo o casamento dá certo. É muito importante conhecer bem a pessoa com quem você vai casar, desenvolvendo uma boa amizade.

Mas morar junto antes do casamento não ajuda. A relação sexual pode confundir o casal e dificultar a tomada de uma decisão acertada. O sexo não ajuda a conhecer melhor a personalidade de alguém.

4. A bigamia, a poligamia e o concubinato.

A bigamia é o ato de se ter um novo matrimônio sem que o anterior tenha se encerrado legalmente. A poligamia é quando uma pessoa tem mais de um cônjuge ao mesmo tempo. Há países onde ela é permitida, entretanto tal permissão não reflete a vontade de Deus.

Note que nas Escrituras Sagradas, no Antigo Testamento, os homens que tiveram mais de uma esposa não desfrutaram de uma vida sossegada, mas viveram em lares onde a disputa familiar era constante (Gn 21.8-21).

O concubinato nos tempos bíblicos se concretizava quando mulheres eram compradas, raptadas ou mesmo quando se tornavam prisioneiras de guerra, e eram obrigadas a se tornar esposas de um homem já casado. No Brasil, concubinato é a relação entre duas pessoas que não podem se casar por impedimento legal, tornando essa relação ilegítima.

Deus não promoveu esses modelos, pois não criou um homem e duas ou mais mulheres, mas um homem e uma mulher.

O plano divino, desde a criação, foi que o casal demonstrasse amor e fidelidade um para com o outro, em uma relação hétero e monogâmica.

– A questão da poligamia é interessante porque a maioria das pessoas hoje vê a poligamia como imoral, enquanto a Bíblia em nenhum lugar a condena explicitamente.

O primeiro exemplo de poligamia/bigamia na Bíblia foi o de Lameque em Gênesis 4:19: “Lameque tomou duas mulheres”. Vários homens proeminentes no Antigo Testamento eram polígamos. Abraão, Jacó, Davi, Salomão e outros tiveram várias esposas.

Salomão tinha 700 esposas e 300 concubinas (essencialmente esposas de status inferior), de acordo com 1 Reis 11:3. O que devemos fazer com esses casos de poligamia no Antigo Testamento? Há três perguntas que precisam ser respondidas: 1) Por que Deus permitiu a poligamia no Antigo Testamento? 2) Como Deus vê a poligamia hoje? 3) Por que mudou?

1) Por que Deus permitiu a poligamia no Antigo Testamento? A Bíblia não diz especificamente por que Deus permitiu a poligamia.

Ao especularmos sobre o silêncio de Deus, há pelo menos um fator-chave a ser considerado. Devido às sociedades patriarcais, era quase impossível que uma mulher solteira se sustentasse. As mulheres eram muitas vezes incultas e destreinadas.

As mulheres dependiam de seus pais, irmãos e maridos para provisão e proteção. As mulheres solteiras eram frequentemente submetidas à prostituição e à escravidão.

Sendo assim, parece que Deus pode ter permitido a poligamia para proteger e prover às mulheres que não poderiam encontrar um marido de outra forma. Um homem tomaria várias esposas e serviria como provedor e protetor de todas elas.

Embora definitivamente não seja o ideal, viver em uma casa polígama era muito melhor do que as alternativas: prostituição, escravidão ou fome.

Além do fator proteção/provisão, a poligamia possibilitou uma expansão muito mais rápida da humanidade, cumprindo o mandamento de Deus: “Mas vocês, sejam férteis e multipliquem-se; espalhem-se pela terra e proliferem nela” (Gênesis 9:7).

Os homens são capazes de engravidar várias mulheres no mesmo período de tempo, fazendo com que a humanidade cresça muito mais rápido do que se cada homem estivesse produzindo apenas um filho por ano.

2) Como Deus vê a poligamia hoje?

Mesmo permitindo a poligamia, a Bíblia apresenta a monogamia como o plano que mais se ajusta ao ideal de Deus para o casamento.

A Bíblia diz que a intenção original de Deus era que um homem se casasse com uma só mulher: “Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne” (Gênesis 2:24).

Embora Gênesis 2:24 esteja descrevendo o que é o casamento, em vez de quantas pessoas estão envolvidas, o uso consistente do singular deve ser observado. Em Deuteronômio 17:14-20, Deus diz que os reis não deveriam multiplicar esposas (ou cavalos ou ouro).

Embora isso não possa ser interpretado como um comando de que os reis tinham de ser monogâmicos, pode ser entendido como uma declaração de que ter várias esposas causa problemas. Isso pode ser visto claramente na vida de Salomão (1 Reis 11:3-4).

No Novo Testamento, 1 Timóteo 3:2, 12 e Tito 1:6 mencionam “marido de uma só mulher” em uma lista de qualificações para liderança espiritual. Há algum debate sobre o que significa especificamente essa qualificação.

A frase poderia ser traduzida literalmente como “um homem de uma só mulher”. Quer esta frase esteja ou não se referindo exclusivamente à poligamia, em nenhum sentido um polígamo possa ser considerado um “homem de uma só mulher”.

Embora essas qualificações sejam especificamente para cargos de liderança espiritual, elas devem se aplicar igualmente a todos os cristãos. Não deve todo cristão ser “irrepreensível, marido de uma só mulher, sóbrio, prudente, respeitável, hospitaleiro e apto para ensinar; não deve ser apegado ao vinho, nem violento, mas sim amável, pacífico e não apegado ao dinheiro” (1 Timóteo 3:2-4)?

Se somos chamados para ser santos (1 Pedro 1:16), e se esses padrões são santos para presbíteros e diáconos, então eles são santos para todos.

Efésios 5:22-33 fala do relacionamento entre marido e mulher. Quando se refere a um marido (singular), sempre se refere a uma esposa (singular). “… porque o marido (singular) é o cabeça da mulher (singular)

… Quem ama a esposa (singular) a si mesmo se ama…. Eis por que deixará o homem a seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher (singular), e se tornarão os dois uma só carne…. cada um de per si também ame a própria esposa (singular) como a si mesmo, e a esposa (singular) respeite ao marido (singular).” Embora uma passagem um tanto paralela (Colossenses 3:18-19) refira-se a maridos e esposas no plural, é claro que Paulo está se dirigindo a todos os maridos e esposas entre os crentes colossenses, não afirmando que um marido possa ter várias esposas.

Em contraste, Efésios 5:22-33 descreve especificamente o relacionamento conjugal. Se a poligamia fosse permitida, toda a ilustração do relacionamento de Cristo com o Seu corpo (a igreja) e do relacionamento marido-mulher desmorona.

3) Por que mudou?

Não se trata tanto de Deus desaprovar algo que Ele permitiu anteriormente, mas sim de Deus restaurar o casamento ao Seu plano original.

Mesmo voltando a Adão e Eva, a poligamia não era a intenção original de Deus. Deus parece ter permitido que a poligamia resolvesse um problema, mas não é o ideal.

Na maioria das sociedades modernas, não há absolutamente nenhuma necessidade de poligamia. Na maioria das culturas de hoje, as mulheres são capazes de se sustentar e se proteger – removendo o único aspecto “positivo” da poligamia. Além disso, a maioria das nações modernas proíbe a poligamia. De acordo com Romanos 13:1-7, devemos obedecer às leis que o governo estabelece.

A única instância em que a desobediência à lei é permitida pelas Escrituras é se a lei contradizer os mandamentos de Deus (Atos 5:29). Uma vez que Deus só permite a poligamia, e não a ordena, uma lei que proíba a poligamia deve ser mantida.

Existem alguns casos em que a permissão para a poligamia ainda seja aplicada hoje? Talvez, mas é insondável que não haja outra solução possível.

Devido ao aspecto de “uma só carne” do casamento, à necessidade de unidade e harmonia no casamento e à falta de qualquer necessidade real para a poligamia, é nossa firme convicção que a poligamia não honra a Deus e não é o Seu projeto para o casamento. Este texto foi extraído na íntegra de: https://www.gotquestions.org/Portugues/poligamia.html.

CONCLUSÃO

O Cristianismo ensina, segundo a Bíblia, que o casamento é monogâmico, entre um homem e uma mulher que estejam livres e desejam se casar. Ambos têm, diante de Deus e de si, obrigações que farão com que essa união seja bem sucedida, e a escolha de com quem irão se casar deve se pautar também por princípios espirituais.

– Em Provérbios 18.22 lemos, “Aquele que encontra uma esposa, acha o bem”. Deus abençoou o relacionamento matrimonial desde o início (Gn 1.27-28), e Ele claramente pretendia que fosse de mútua confiança e fidelidade uns aos outros.

Como companheiros no modo de vida, marido e mulher podem trabalhar juntos como uma equipe e aprender a amar uns aos outros mais e mais, para que possam crescer juntos em tudo que é bom. Se esta é a nossa experiência, então podemos verdadeiramente dizer que temos um casamento feliz, sabendo ao mesmo tempo que o que é bom sempre pode ser melhor!

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Pb Francisco Barbosa (@Pbassis)

Fonte: https://auxilioebd.blogspot.com/2024/05/ebd-jovens-licao-7-realidade-biblica-do.html

Vídeo: https://youtu.be/Jo4hJlQdVOI

Glória a Deus!!!!!!!