Toda provação tem, por fim, a melhora espiritual do servo de Deus.
INTRODUÇÃO
– Finalizando o estudo do livro de Jó, veremos a restauração do patriarca, cujo último estado foi melhor que o primeiro.
– Toda provação tem, por fim, a melhora espiritual do servo de Deus.
I – JÓ HUMILHA-SE
– Após mostrar a Sua grandeza a Jó, Deus obtém o objetivo de toda a Sua argumentação: o reconhecimento por Jó da legitimidade da sua provação.
Crescendo, assim, espiritualmente, admitindo que o justo pode sofrer se houver um propósito divino, Jó tem cessada a sua provação num momento sublime, em que orava pelos seus amigos. O servo de Deus sempre tem um final feliz se se mantiver fiel ao seu Senhor.
– Deus finalizara a segunda bateria de perguntas sem que Jó pudesse respondê-las. O patriarca, atônito, cai em si e verifica que deveria reconhecer a soberania de Deus em termos mais amplos, ou seja, não poderia sequer arvorar-se no direito de querer entender o seu sofrimento.
– No sofrimento do justo, sempre há um propósito divino que não se pode impedir de ser realizado. Nesta introspeção, Jó elimina todo e qualquer sentimento de autossuficiência e a prova obtém o seu objetivo. Deus, então, faz passar o cativeiro de Jó quando ele orava pelos seus amigos.
– Deus encerrou a segunda série de perguntas, inquirições que se seguiram à declaração de Jó de que nada era e que nada responderia, pois se tratava de alguém vil e que deveria ficar calado (Jó 40:4), o que, como vimos anteriormente, era insuficiente.
– Deus não queria apenas que Jó se calasse, mas que reconhecesse que Deus tinha o direito de prová-lo e de que o homem não pode querer contender com Deus quando submetido a uma prova, cujos propósitos sempre são favoráveis e bons para aquele que O servem.
– Jó, então, após a segunda série de perguntas, atinge o patamar desejado pelo Senhor. Reconhece que Deus é soberano, mas, neste reconhecimento, admite que Deus tem Seus planos e que deles não deve prestar contas a pessoa alguma.
– Deus tem os Seus planos, que se realizam sem que pessoa alguma possa impedi-los. Deus tem os Seus planos e os homens não devem contender quando Ele os pratica, mas tão somente a eles se submeter e confiar que o melhor está acontecendo para o que é alvo do plano divino. “Bem sei eu que tudo podes e que nenhum dos
Teus pensamentos pode ser impedido” (Jó 42:1). Com esta confissão, Jó humilhava-se diante de Deus no patamar desejado, abandonava completamente a “pontinha de autossuficiência” que poderia ameaçar a sua vida espiritual e cumprir o propósito divino para sua vida.
– Jó reconhece que Deus está acima dos nossos pensamentos ou dos nossos projetos e que não podemos querer indagar-Lhe ou pedir que preste contas a nós. O patriarca é claro ao afirmar que os desígnios divinos não são nossos e não podem ser alvo de nosso interesse.
Diante de Deus, somos ignorantes, ou seja, pessoas que não têm o conhecimento de Deus, nem o podem ter. Por isso, Jó afirma que, ao exigir que Deus viesse ao Seu encontro para explicar a situação, para lhe fazer entender o seu sofrimento apesar da sua retidão, “fava do que não entendia” (Jó 42:2).
– O verdadeiro servo de Deus age como Jó, ou seja, reconhece que tratar dos desígnios divinos, tratar dos projetos de Deus, tentar perscrutar as razões de Deus estar agindo ou ter agido desta ou daquela maneira é falar do que não se pode entender, é, em última instância, ocupar indevidamente a posição que só cabe ao Senhor.
– Como seria interessante que muitos de nós agíssemos com esta mesma consciência que Jó adquiriu e, de preferência, antes que passássemos por um estágio dolorido como o sofrido pelo patriarca.
Bem ao contrário do patriarca, há, hodiernamente, muitas pessoas que se colocam no lugar de Deus e passam a julgar os outros, a ditar ordens ao Senhor ou até a estabelecer projetos para as suas vidas e para as vidas dos semelhantes, sem sequer perguntar se esta é a vontade de Deus para nossas vidas.
Que possamos nos pôr no lugar de servos e que reconheçamos, sempre, que não podemos, de forma alguma, falar do que jamais poderemos entender.
– Os planos de Deus não podem ser impedidos mas jamais podem ser entendidos na Sua plenitude. Esta é uma verdade que devemos sempre ter em mente na nossa vida espiritual.
Tudo o que Deus permite que saibamos dos Seus planos e projetos em nossa vida não é fruto de qualquer direito que tenhamos, mas é fruto da Sua imensa misericórdia que o Senhor tem para conosco. É fruto de revelações que o Senhor, por Sua infinita graça, permite que sejam feitas aos Seus servos.
São segredos (Cf. Am.3:7), ou mistérios (Cf. Mt.13:11), ou seja, são coisas que, por sua natureza, não são para ser reveladas, mas que se encontram à disposição dos servos do Senhor em virtude da bondade do Senhor que nos fez mais do que Seus servos, Seus amigos, gerando, assim, um ambiente de intimidade que faz com que tenhamos acesso a estas notícias 9 Jo15:15).
– Mas essa intimidade não chega ao ponto de subversão da relação Deus-homem e, por isso, não exclui, em hipótese alguma, o senhorio de Cristo sobre nossas vidas.
Eis o grande erro das falsas doutrinas d confissão positiva e da teologia da prosperidade, que pensam que intimidade com Deus signifique submissão de Deus aos nossos caprichos ou conceitos.
Jó deixa bem claro que o homem, mesmo o homem salvo e que tem intimidade com Deus, jamais pode deixar de ser homem, mantendo uma posição de submissão, de aprendizado e de humildade diante do Senhor ( Jó 42:4-6).
– Mesmo estando na dispensação da graça, onde temos livre acesso ao trono de Deus (Hb.4:16; 10:19-23), nem por isso deixamos de ser servos e Deus, o Senhor.
Jesus sempre fez questão de dizer que temos de ser Seus discípulos (Lc.14:26,27,33; Jo.8:31) e que Ele é o Mestre e Senhor (Jo.13:13).
– Ao invés de obter de Deus alguma satisfação, como pedira antes, em meio aos seus discursos, Jó pede ao Senhor que Este lhe dê ouvidos e que, depois, possa ensiná-lo.
Que maravilhoso é ao homem quando este se dispõe a aprender do Senhor e não Lhe dar ordens ou determinações. Jesus mandou-nos que aprendêssemos d’Ele, que é manso e humilde de coração (Mt.11;29).
Será que temos querido aprender do Senhor ou estamos nos achando autossuficientes e tão sabidos que não mais precisamos frequentar as aulas do Mestre?
– Trata-se, sem dúvida, de uma postura que, lamentavelmente, estamos vendo rarear no meio daqueles que se dizem servos do Senhor.
É tempo de irmos aprender aos pés de Jesus, como fazia Maria de Betânia, pois esta é a melhor parte, que jamais nos será tirada, em vez de estarmos nos afadigando, dia após dia, com as coisas
desta vida (Lc.10:38-42). Que, assim como Jó e o salmista, possamos tornar realidade estas palavras: “Ensina-me, Senhor, o Teu caminho” (Sl.27:11a).
– Jó apresenta, por fim, uma constatação das mais maravilhosas. Ainda chaguento e pobre, o patriarca, após pedir ao Senhor que o ensinasse, dá testemunho de que toda aquela prova servira para que ele tivesse um maior entendimento de Deus.
Sim, apesar de todo o sofrimento e de toda a prova, o patriarca podia dizer que, antes, apenas ouvia o Senhor, mas que, agora, O havia visto (Jó 42:5).
– O patriarca, com esta expressão, denota que, até então, toda a sua vida de comunhão com Deus havia sido superficial, um “ouvir dizer”, mas, que, agora, com a experiência da prova, este conhecimento havia se ampliado muitíssimo, a ponto de não se ter apenas um “ouvir dizer”, mas uma “visão”.
Havia ocorrido um aprofundamento no relacionamento entre Jó e Deus, algo que, antes, o patriarca talvez entendesse não ser mais possível, já que começava a “se achar o máximo”.
Todavia, em nosso relacionamento com Deus, jamais devemos nos esquecer que Suas riquezas são inescrutáveis, de uma profundidade que jamais poderemos alcançar (Cf. Rm.11:33-35).
OBS: “É ponto culminante e a chave de todo o livro. Em 40,1-5, Jó tinha cedido silenciar diante da grandeza e ciência de Deus. Agora faz a confissão de fé, que nasce de sua própria experiência.
Ultrapassando toda uma teologia que o impedia de chegar ao Deus verdadeiro (“eu te conhecia só de ouvir”), ele pode finalmente descobrir que esse Deus vivo está presente e em comunhão com ele, dentro da situação que ele está vivendo (“agora os meus olhos te veem”).
Dessa forma, o autor deixa bem claro que toda teologia ou concepção de Deus é sempre relativa ou limitada, podendo até mesmo impedir a experiência do Deus vivo. Jó estava com muitas perguntas, e Deus não respondeu a nenhuma delas.
Ao contrário, trouxe-lhe outras. Mas este final mostra que Deus sabe ler o íntimo desejo do homem e responder a esse desejo, tornando-Se solidário e entrando em comunhão com ele…” (BÍBLIA SAGRADA. Edição Pastoral, com. Jó 42:1,6, p.669).
– É interessante notarmos que este comportamento do patriarca deve, como diz o vulgo, “deixar muitos crentes com a barba de molho”.
Se Jó era quem era, o homem mais excelente sobre a Terra no seu tempo, reto, sincero, temente a Deus e que não se desviava do mal, sendo alvo do testemunho do próprio Deus e, mesmo assim, admite ter um conhecimento superficial, de “ouvir dizer” a respeito de Deus, que poderemos falarem relação a nós e a nossa vida com o Senhor?
Será que poderemos dizer que conhecemos a Deus mais do que o patriarca Jó conhecia? Será que podemos dizer que nossa intimidade com Deus é maior do que a que o patriarca Jó tinha antes da provação?
Não podemos responder pelos irmãos, mas nós, certamente, estamos num nível de espiritualidade bem inferior ao do patriarca antes de sua provação.
– Ora, se mesmo estando aquém de Jó, nós o vemos dizer que antes só conhecia a Deus de “ouvir dizer”, como, então, queremos nos considerar “santos”, “experientes”, “crentes maduros”, como muitos de nós procedemos em nossas igrejas locais ou em comparações com alguns irmãos na fé?
Será que não devemos aprender a lição do patriarca e considerarmos que temos muito ainda a aprender e que nossa intimidade com Deus ainda é muito pequena?
Se assim nos conscientizarmos, certamente teremos um grande progresso espiritual e seremos muito mais úteis à obra do Senhor e ao aperfeiçoamento dos santos do que temos sido na atualidade, até porque, por causa de nossas presunções de santidade, temos, muitas vezes, sido verdadeiras pedras de tropeço na caminhada de muitos.
– Um dos mais sublimes propósitos da prova na vida do crente é, precisamente, o de aumentar a nossa intimidade com o Senhor, de fazer com que O conheçamos melhor. A ideia de “conhecimento” na Bíblia envolve um significado diverso do que estamos acostumados.
Não se tratado conhecimento intelectual, que é o conceito grego, que nos veio pela tradição cultural, mas o significado de “intimidade”, “compartilhamento”, “ausência de obstáculos” entre as pessoas, tanto que o ato sexual é traduzido, nas Escrituras, pelo verbo “conhecer” (Cf. Gn.4:1; Mt.1:25).
– Por isso, quando Jó anuncia que passou a conhecer Deus melhor, está informando que a prova foi útil para que ele tivesse uma maior intimidade, uma maior dependência da parte de Deus.
As provações divinais têm o condão de nos permitir sermos mais dependentes e mais íntimos do Senhor e, por isso, sempre contribuem para o bem daqueles que amam a Deus e são chamados pelo Seu decreto (Cf. Rm.8:28).
– Jó não havia pecado. Então, por que se arrependeu, como se diz em Jó 42:6? Teriam razão, então, os seus amigos, que haviam insistido tanto para que o patriarca se arrependesse?
– Jó não havia cometido os pecados apontados pelos seus amigos. Não tinha que se arrepender de mal algum cometido perante a sociedade, perante a família ou perante o próprio Deus.
Entretanto, ao querer que Deus lhe explicasse as razões de seu sofrimento, ao exigir satisfações do Senh9or, Jó não agiu bem e cometeu um ato inconveniente, um ato de verdadeiro desvario espiritual. Por isso, o patriarca reconheceu que procedeu como um doido, pois, como bem disse, falava do que não entendia e, desta atitude, ele tinha de se arrepender.
– Jó não era perfeito e, por isso, poderia falhar, como, efetivamente, falhou. Mas sua falha não tinha sido apontada pelos seus amigos, mas, sim, pelo próprio Deus.
Em Suas perguntas, que não foram respondidas, Deus obteve a resposta que Ele esperava: o arrependimento de Jó pela sua indevida ousadia de querer ter de Deus satisfações.
É por isso que temos esperança que os adeptos da teologia da prosperidade e da confissão positiva venham a ser perdoados pelo Senhor, se lhes pregarmos o evangelho genuíno, pois servimos a um Deus que não é o empregado desta gente, mas que, também, ama este povo e quer levá-los para o céu.
OBS: “Jó, diante da revelação de Deus, humilhou-se arrependido. A palavra ‘arrependo’, aqui, indica que Jó se considerou, bem como a retidão moral, como simples ‘pó e cinza’, diante de um Deus santo (cf. Is.6).
Jó não negou o que afirmara da sua vida de retidão e integridade moral, mas realmente reconheceu que é inadmissível o homem, finito que é, reclamar e queixar-se de Deus, e arrependeu-se disso (cf. Gn.18:27)…” (BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL, com. a Jó 42:6, p.811).
– Jó renunciou ao seu ego, abandonou toda a sua conduta que fazia com que imaginasse que valesse alguma coisa por si próprio e que o mundo estava girando em torno de si. Esta renúncia foi cabal, como vemos da expressão que utilizou, a saber, “por isso me abomino” (Jó 42:6).
É indispensável para que sirvamos a Deus que abandonemos o “eu”, o nosso maior obstáculo para que tenhamos a vida eterna. Jesus disse-nos que, para servi-l’O, devemos, antes de mais nada, negarmo-nos anos mesmos (Mc.8:34),a chamada “abnegação”.
Se não negamos a nós mesmos, negamos a Jesus, como nos mostra claramente Pedro e como nos adverte o próprio Senhor (Mt.10:33). Que diferença de Jó para os adeptos da teologia da prosperidade e da confissão positiva, que só pensam em si mesmos e na satisfação de seus desejos e vontades!
OBS: “… Jó tinha sido um egocêntrico em sua suposta sabedoria e espiritualidade superior. Ele foi um homem exemplar, conforme deixa claro o prólogo.
Contudo, sua visão de Deus o tornou um homem muito mais teocêntrico do que ele era, e isso foi necessário ao seu crescimento. Embora Jó tivesse sido um homem exemplar, em comparação a Deus ele se ‘dissolvia no nada’; então, ele desprezou a si mesmo, como uma criatura pecaminosa, e arrependeu-se no pó e na cinza.
Arrepender-se no pó e na cinza era uma ‘cerimônia externa pelas pessoas chorosa e penitentes (ver Jó 2:8 e Jn.3:6) como expressão da sinceridade e do arrependimento’ (John Gill, in loc) (…) ‘Por isso me abomino’.
As palavras hebraicas por trás dessa declaração são obscuras. Mas, provavelmente, estão relacionadas a uma raiz que significa ‘dissolver-se no nada’: eu me arrependo.
A palavra hebraica aqui usada não era comumente empregada para indicar o arrependimento de pecados, mas é um vocábulo que expressa o máximo de tristeza e autodepreciação.
Tal experiência seguiu, em vez de preceder, a visão de Deus’ (Oxford Annotated Bible, comentando sobre o vs.6 deste capítulo” (CHAMPLIN, R.N. O Antigo Testamento interpretado, com. Jó 42.6, v.3, pp.2038-9).
II – JÓ INTERCEDE PELOS AMIGOS
– O objetivo divino da prova tinha sido alcançado. Jó crescera espiritualmente e aceitara depende de Deus em todos os aspectos de sua vida, sem qualquer sentimento de autossuficiência, sem qualquer obstáculo que impedisse a atuação do Senhor em qualquer aspecto da sua vida.
Mas Deus tinha algo a realizar, também, na vida dos amigos de Jó, igualmente pessoas que tinham um conhecimento insuficiente a respeito de Deus.
– Vemos aqui que o propósito de Deus é dirigido a todas as pessoas, sem qualquer distinção. Embora a prova fosse de Jó, Deus não distinguiu entre ele e seus amigos, estando interessado em que os amigos de Jó também fossem alcançados pela Sua bênção.
Deus dirige-Se a Elifaz e determina a ele e a seus amigos que se arrependessem, que mudassem seus conceitos a respeito do Senhor e que fossem até Jó, para que este oferecesse um sacrifício em seu favor (Jó 42:8).
– Era a revelação do testemunho divino a respeito de Jó, testemunho que, de uma vez por todas, encerrava todas as razões e argumentações humanas que haviam sido proferidas por Elifaz, Bildade e Zofar (Jó 42:7).
– O testemunho que Deus dá de Seus servos faz com que todos os argumentos, todas as razões e todas as obras humanas cessem. Por isso, tenhamos confiança no Senhor e não nos deixemos intimidar pelo que os homens podem estar a fazer a nosso respeito, pois Deus é soberano e, no momento certo, fará prevalecer a Sua vontade, a desrespeito de todo e qualquer ordem que tenha provido do homem ou de suas instituições.
É o que vemos repetidamente na história bíblica. Porventura, onde estavam os decretos dos reis persas, que não se podiam revogar, em episódios como os de Daniel na cova dos leões, ou da ordem de destruição dos judeus, fomentada por Hamã?
Onde estavam as ordens do Sinédrio aos apóstolos para que não se pregasse mais o evangelho em Jerusalém? Devemos sempre ter consciência de que estamos no centro da vontade de Deus e, se o estivermos, não há o que nos possa impedir de cumpri-la.
OBS: E Eliú? O que disse a respeito de Deus era correto ou não? Como vimos, o discurso de Eliú avançou em relação aos dos três outros amigos de Jó, mas não era integralmente correto. Entretanto, como bem ensina a Bíblia de Estudo Plenitude: “… Deus nada diz referente a Eliú.
Deus não confirma, não reconhece, não repreende, nem responde a Eliú. Essa dado sublinha o tema do livro de Jó: Deus é soberano e Seus caminhos são inescrutáveis” (com. Jó 42:7-9, pp.532-3).
– A determinação divina para que os amigos de Jó efetuassem um sacrifício para remissão dos pecados cometidos em seus debates com o patriarca traz-nos importantíssimas lições.
Por primeiro, mostra-nos que não só nossas ações, mas também nossas palavras são levadas em conta diante de Deus.
Quantos de nós são descuidados com o que falam e quantos acabam falando algo de suas cabeças como se fossem palavras vindas da parte do Senhor!
Tais palavras estão todas colocadas diante de Deus e o Senhor requererá de seus pronunciadores uma atitude de arrependimento sem o que poderão até perder a salvação.
Que responsabilidade que muitos não tem consciência, mas que o presente texto bíblico nos revela de forma insofismável, de modo claro e evidente.
Os amigos de Jó, por terem falado o que não convinha, eram culpados, haviam pecado e precisavam de imediata expiação.
Como, então, os faladores da atualidade podem achar que suas palavras não são levadas em conta pelo Reto e Supremo Juiz? Tenhamos muito cuidado com o que falamos, pois tudo está sendo anotado perante o Senhor (Cf.Mt.12:36).
OBS: “O Senhor reprovou os três amigos de Jó pela sua falsa teologia da prosperidade e do sofrimento, evidente nas suas acusações contra Jó.
Os três principais erros deles foram:
(1) Ensinavam um princípio retributivo da prosperidade e do sofrimento – que os justos sempre são abençoados e que os ímpios são castigados (…).
(2) Insistiam que Jó confessasse um pecado que ele não cometera, para livrar-se do sofrimento e receber a bênção divina. Pelo teor do seu conselho, eles tentaram Jó a voltar-se para Deus, visando ao seu proveito pessoal.
Se Jó tomasse o conselho deles, teria
(a) invalidado a confiança de Deus nele, e
(b) confirmado a acusação de Satanás de que Jó temia a Deus apenas em troca de bênçãos e vantagens.
(3) Falaram com arrogância, alegando terem aprovação divina para sua doutrina e teologia falsas.” (BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL, com. Jó 42.7, p.811).
– Por segundo, a determinação divina deixa-nos bem claro que o que não é verdade, é mentira. Parece que esta declaração é óbvia e, como tal, nem precisaria ser dita.
Entretanto, nos dias em que vivemos, em que vigora no mundo um “relativismo ético”, em que, cada vez mais, as pessoas estão perdendo a noção de verdades absolutas, em que “tudo é relativo”, é preciso lembrarmos que o falar do crente deve ser sim, sim, não, não e o que sai disto é de procedência maligna (Mt.5:37).
– Por não terem falado o que era correto sobre Deus, os amigos de Jó foram considerados mentirosos e, portanto, pecadores. Pouco importa se, como vimos durante o trimestre, algumas ideias e afirmações dos amigos de Jó tenham a sua razão e sejam verdadeiras.
Por estarem misturadas estas assertivas com conceitos errôneos e discrepantes da verdade, foram todos tidos por mentirosos, pois, como ensina a Palavra de Deus, um pouco de fermento leveda toda a massa (I Co.5:6).
Não podemos viver de meias-verdades ou com “pequenas distorções”, pois, para Deus, isto não difere, em absoluto, da mentira, como vemos nesta determinação aos amigos de Jó.
– Por terceiro, a determinação divina mostra-nos que o pecado somente pode ser expiado através de um sacrifício.
Não pode o homem tentar obter a salvação pelos seus próprios méritos, como deram a entender os amigos de Jó, deístas que eram, mas se fazia necessário um sacrifício e o sacrifício determinado era uma figura do sacrifício vicário de Cristo que, este sim, purificaria a humanidade de todo o pecado.
Somente um sacrifício poderia cobrir o pecado dos amigos de Jó. Somente o sangue de Jesus pode restabelecer a nossa comunhão com o Senhor (Ef.2:13).
– Por quarto, a determinação divina mostra a falsidade das afirmativas dos amigos de Jó contra o patriarca no tocante a seu cuidado com relação aos filhos.
Acusado de ser um mau pai, Jó, agora, é indicado por Deus como sendo a pessoa adequada para interceder pelos amigos de Jó, a exemplo do que fazia com seus falecidos filhos.
A ordem de Deus mostra aos amigos de Jó que o Senhor Se agradava da intercessão que era feita por Jó e que esta prática era, sim, fruto de uma íntima comunhão entre Deus e Jó.
Ao mesmo tempo, Deus dava um testemunho de retidão de Jó antes da prova, afastando qualquer ideia de que o patriarca tivesse cometido algum pecado.
– Por quinto, a determinação divina mostra a Jó que ele deveria preocupar-se menos consigo mesmo e mais com o semelhante.
Apesar de ter sido sempre um homem de integridade social, que tinha uma participação ativa na vida da comunidade, sendo solidário e filantropo, Jó deveria preocupar-se com os seus semelhantes também sob o ponto-de-vista espiritual.
Ele se limitava a interceder pelos seus filhos, não tinha uma dimensão espiritual no tratamento para com os demais membros da sociedade onde vivia e Deus mostra ao patriarca que ele deveria ser um intercessor de todos os homens, não apenas de sua família.
– Ademais, Deus também mostra a Jó que ele deveria se preocupar menos com o seu sofrimento e mais com a situação espiritual dos que o cercavam.
A certeza da salvação para Jó não deveria ser um pretexto para que ele pudesse querer que Deus lhe desse satisfação do que estava ocorrendo, mas, antes, um incentivo para que anunciasse este Deus e os benefícios de ser inocente perante Ele aos demais.
É exatamente esta a visão que Deus requer de Sua igreja na atual dispensação e que, lamentavelmente, por causa de ensinamentos como os da confissão positiva e da teologia da prosperidade, tem se perdido na atualidade, em flagrante prejuízo da evangelização do mundo. Devemos ter a visão do Senhor, que não ensinava Seus discípulos a buscar riquezas ou bem-estar, mas a perceber os campos brancos e prontos para a ceifa (Jo.4:31-35).
OBS: “…Muitos evangelistas modernos têm se afastado dos princípios fundamentais que é mostrar a salvação da alma, a necessidade do novo nascimento, a purificação dos pecados pelo sangue de Cristo, a busca constante das coisas celestiais (as que são de cima),
o levar cada dia a cruz e seguir Jesus, entrar pelo caminho estreito que conduz à salvação, o negar-se a si mesmo, o caminho da oração e jejum para alcançar melhor nível de espiritualidade, o conhecimento da Palavra de Deus que torna o homem sábio para salvação, a necessidade de um verdadeiro arrependimento, com o abandono de práticas pecaminosas etc.
Preferem os modernistas mostrar aos pecadores o caminho da prosperidade terrena, o caminho largo do prazer de poder participar de uma comunidade divertida, o meio mais fácil de alcançarem felicidade conjugal e familiar, meios de conseguirem os bens terrenos, uma vida sem sacrifício da cruz etc.
Com isso, a Igreja em certos lugares tem se enriquecido, tornando-se verdadeiras empresas investidoras de recursos financeiros de possuidoras de muitos bens patrimoniais, motivando o fluxo de muitas pessoas que não se convertem e tornam-se verdadeiras sociedades inchadas, sem vida espiritual. Igrejas cheias, sem doutrina, apelando para o Evangelho fácil.
Tudo parece indicar que estão preferindo ser a ‘Igreja de Laodiceia’, que bate no peito e pode dizer: ‘ estou enriquecida, de nada tenho falta!’ (Apocalipse 3.17)…” (SILVA, Osmar José da. Reflexões filosóficas de eternidade a eternidade, v.6, pp.117-8).
– Os amigos de Jó obedeceram à voz do Senhor, obtiveram os animis e os levaram a Jó para que este efetuasse o sacrifício.
Jó, também, mostrando não ter guardado mágoa alguma de seus amigos, aceitou a incumbência, devendo ficar claro que Deus falou com Elifaz e não com Jó, o que prova que Jó tinha discernimento espiritual para saber que as palavras de Elifaz eram verdadeiras, bem como teve a compreensão do que Deus estava a exigir dele.
Num ambiente de arrependimento, de reconciliação e de obediência a consequência não poderia ser outra senão a da bênção do Senhor.
Os amigos de Jó receberam o perdão (Jó 42:9) e Jó, enquanto orava pelos seus amigos, teve mudado o seu cativeiro (Jó 42:10).
– Sempre foi um texto que nos impressionou este que afirma que Jó teve mudado o seu cativeiro enquanto orava pelo seus amigos.
Enquanto se queixou, enquanto bradou inocência, enquanto discutiu com seus amigos, enquanto ouviu as perguntas de Deus, enquanto reconheceu sua condição vil diante de Deus, Jó continuou chaguento e desprezado.
Mas, no momento em que orou pelos seus amigos, no instante mesmo em que deixou de ser ver a si próprio e passou a amar o próximo, teve mudado o seu cativeiro e, cremos nós (é pensamento nosso), que, durante aquela oração, suas chagas desapareceram milagrosamente, tendo sido restituída a sua saúde, numa demonstração inequívoca da aceitação divina e numa prova indelével de que a provação havia cessado.
Isto nos leva à própria suma que Jesus fez da lei, quando afirmou que ela se resumia a dois mandamentos: amar a Deus sobre todas as coisas e amar o próximo como a si mesmo.
Jó, ao orar pelos seus amigos, demonstrou amor integral e completo ao semelhante, não apenas um amor solidário ou filantrópico, mas um amor espiritual, uma compaixão pela alma de seus amigos. Às vezes, o que está nos impedindo de termos o fim de tantas lutas e tantos sofrimentos é a perspectiva, a visão de compaixão pelas almas dos que nos cercam, é a ausência da plenitude do amor de Cristo em nossas vidas.
Se queremos atingir a estatura de Cristo, que é o alvo do aperfeiçoamento dos santos (Ef.4:12,13), devemos, antes de mais nada, termos este amor que Jó parecia não ter mas que a prova lhe trouxe.
Pensemos menos em nós mesmos, menos em nosso cotidiano e enxerguemos as multidões que têm sido ceifadas e enganadas pelo inimigo de nossas almas e, com certeza, haveremos de fazer cessar muitos cativeiros que aqui estão, como estava um sobre Jó, para que se tenha esta visão do outro, para que sejamos mais úteis na obra do Senhor.
III – JÓ E RESTAURADO
– Observemos que a restauração de Jó se iniciou no interior da alma do patriarca, quando ele reconhece que nada é diante do Senhor (Jó 42:6);
depois, parte para uma demonstração exterior, mas ainda espiritual, através da ministração do sacrifício em favor de seus amigos, que testificam uma experiência com Deus (Jó 42:9);
a seguir, Jó, cremos nós, enquanto orava pelos seus amigos, foi instantaneamente curado de sua chaga, uma evidência exterior de que cessara seu sofrimento (Jó 42:10);
em seguida, Jó é visitado pelos seus familiares, o que significa a reabilitação social do patriarca, com a criação de um fundo patrimonial, base para o início da nova opulência de Jó (Jó 42:11) e,
ao longo dos anos, Deus reconstrói a família de Jó, que, com sua mulher que nunca lhe abandonou, tem outros dez filhos. Do interior para o exterior: assim atua o Senhor na vida dos homens.
– A primeira restauração de Jó é espiritual. Não se trata, propriamente, de uma restauração, mas de um desenvolvimento espiritual.
Ao reconhecer que Deus é soberano e que não lhe devia satisfação, Jó cresce espiritualmente e atinge o propósito divino para a prova. Era isto que Deus queria de Jó, uma submissão total e completa à Sua vontade.
Este é o ponto primordial, é o objetivo de Deus para a vida de cada ser humano. Por isso, não podemos aceitar os ensinamentos da confissão positiva e da teologia da prosperidade, que invertem o que Deus estabeleceu, o que é inadmissível, pois Deus nos manda a buscar primeiro o reino de Deus e a sua justiça (Mt.5:33), a buscar as coisas de cima (Cl.3:1), nunca devendo nos desviar deste alvo que nos foi colocado quando da nossa chamada pelo Senhor (Fp.4:14).
– A segunda restauração de Jó é física, ou seja, a de sua saúde. A integridade física e a saúde do homem é algo com que Deus muito Se preocupa.
Com efeito, nosso corpo é templo do Espírito Santo e a saúde é algo bem caro aos homens, tanto que Deus manifesta Seu poder aos homens, comumente, através de curas, pois se trata de assunto que sempre desperta a atenção do ser humano.
Jó foi curado de sua chaga e cremos que isto se tenha dado no instante em que orava pelos seus amigos, embora alguns estudiosos entendam que isto se tenha dado antes, no momento mesmo em que Jó se arrependeu e se humilhou (Jó 42:6).
Esta ordem de prioridades na restauração do patriarca é uma importante lição para nós: devemos cuidar de nossa saúde, o bem terreno mais precioso que temos da parte do Senhor, depois da vida.
– A terceira restauração de Jó é social. O homem não pode viver só (Gn.2:18). Curado de sua doença, não havia mais obstáculos para o pleno restabelecimento da vida conjugal com sua mulher, mulher que, embora tenha sido infeliz em uma de suas expressões, não abandonou o marido, conforme podemos deduzir de todo o texto bíblico, já que Jó considerava um erro a poligamia (Jó 31:1) ou a mudança de cônjuge (Jó 31:10,11).
Em seguida, restabelecida a família, Jó é reinserido na sociedade, pois é visitado pelos seus parentes, que lhe dão, inclusive, presentes (Jó 42:11).
No Oriente, a realização de festa ou a visita de todos a alguém tinha, e até hoje tem, o significado de uma deferência social, de um reconhecimento perante a sociedade.
Esta restauração mostra, claramente, que o crente, embora não compartilhe dos valores mundanos, não pode querer viver isolado do mundo. Jesus, expressamente, disse que não pediria para que os Seus servos fossem tirados do mundo, mas tão somente libertos do mal (Jo.17:15).
Esta é a prova evidente de que devemos estar no mundo, participar de seu cotidiano e, com as nossas boas obras, trazer muitos para a salvação em Jesus Cristo.
– A quarta restauração de Jó é psicológica. Ao comparecerem para a festa, os parentes de Jó vieram hipotecar solidariedade ao patriarca.
Vieram fazer o que os amigos de Jó tinham apenas intentado mas fracassaram, ou seja, consolá-lo e condoer-se com ele (Jó 42:11). Poderão muitos objetar que, agora que Jó estava são, não haveria de que se condoer ou do que consolá-lo, que estes parentes estavam atrasados e que, no momento da necessidade, Jó não tinha tido o auxílio deles.
Entretanto, Jó, se estava espiritualmente fortalecido, sadio e com sua mulher novamente ao seu lado, sentia a falta de seus filhos, a quem amava e que haviam partido para sempre, como também ainda desfrutava de uma situação financeira precária.
As experiências dolorosas sofridas deixam rastros, traumas, consequências que não se dissipam facilmente.
O patriarca precisava, sim, de consolação, da solidariedade e do afeto daqueles que lhe eram próximos e Deus, sabedor disto, criou as circunstâncias para que ele pudesse ser restaurando também sob este ponto-de-vista.
– A quinta restauração de Jó é financeira. Bem observemos que o que os teólogos da prosperidade colocam em primeiro lugar na ordem de suas preocupações foi algo trazido de volta por Deus a Jó em outra ordem de prioridade e, o que é mais importante, de forma paulatina e com a colaboração inestimável do patriarca.
Na mencionada festa, os parentes de Jó trouxeram presentes ao patriarca, que serviu de fundo inicial para a reconstrução da riqueza.
O texto bíblico diz-nos que o patriarca recebeu uma peça de dinheiro e um pendente de ouro (Jó 42:11) e que, por bênção de Deus, teve o dobro de tudo quanto dantes possuía (Jó 42:12).
Como tornou uma peça de dinheiro e um pendente de ouro recebido de cada parente que o visitou em quatorze mil ovelhas, seis mil camelos, mil juntas de bois e mil jumentas? A resposta é uma só: com trabalho, Jó soube aproveitar a bênção que se lhe deu e fazer com que aquele fundo patrimonial lhe rendesse.
A prosperidade material, quando desejada por Deus a um servo Seu, não vem senão dentro dos princípios éticos estabelecidos pelo Criador a este mundo, ou seja, mediante o trabalho, algo bem diverso da mágica preconizada pelos teólogos da prosperidade.
– A sexta restauração de Jó é familiar. Jó não só manteve seu casamento como também teve outros dez filhos, sete filhos e três filhas, ou seja, uma prole semelhante àquela que havia perdido.
Com esta restauração, que, muito provavelmente envolveu até um milagre para que a mulher de Jó pudesse voltar a ter filhos, o Senhor mostrar, para todos os Seus servos de todos os tempos, que o adversário não tem poder para destruir a família enquanto instituição divina.
A restauração foi completa e isto serve de alento, em momento tão difícil pelo qual passa a instituição da família, para que nós, pais, esforcemo-nos para zelar pela integridade espiritual da família para não permitirmos o mal que sobreveio para a família de Jó.
Deus, ademais, ainda deu filhas para Jó que se destacavam pela sua beleza e entendemos que não somente beleza física, mas as filhas do patriarca tiveram tanto destaque que Jó, contrariando os costumes de seu tempo, acabou repartindo a herança também entre as filhas, numa evidência maior do que Jó estava, agora, totalmente submisso à vontade de Deus, agindo de acordo com outro princípio divino, que é o da igualdade entre homem e mulher (Gn.1:27;2:23), princípio que foi deturpado com o pecado (Gn.3:16).
– A sétima restauração de Jó é etária. Jó não somente foi restaurado em sua saúde, como ganhou um novo vigor, a ponto de ter vivido muito, mais cento e quarenta anos depois do final de sua prova, tendo, inclusive, visto até a quarta geração, uma longevidade que é o dobro do normalmente existente naquela época? (Cf. Sl.90:10) e maior até do que a dos homens da fase final do período antediluviano (Gn.6:3).
Tudo indica que Jó, após a prova, adquiriu como que uma nova vida celular, uma nova configuração que lhe permitiu toda esta longevidade. No entanto, o que é importante observar é que Jó não teve uma vida longa, mas uma vida de qualidade.
A Bíblia fala-nos que Jó morreu, velho e farto de dias (Jó 42:17), ou seja, uma vida abundante, uma vida de qualidade, uma vida que valeu a pena ser vivida. Muitos pensam, atualmente, em uma vida de muita prosperidade quantitativa, mas não se preocupam em ter uma vida de qualidade. Deus, pelo contrário, quer nos dar uma vida feliz, uma vida que valha a pena ser vivida.
É corriqueiro no meio do povo de Deus vermos, nos esquifes, semblantes de servos fiéis que, apesar até da pobreza material, demonstram paz, satisfação, ou seja, revelam terem vivido uma vida de qualidade, uma vida de comunhão com Deus. É este o final feliz que Deus reserva a cada um dos Seus servos.
OBS: A alteração celular de Jó é discutida pelo saudoso pastor Ailton Muniz de Carvalho, recentemente
falecido, em sua obra “Conheça-me: eu era como você: cheio de dúvidas”.
Ev. Caramuru Afonso Francisco
Fonte: https://www.portalebd.org.br/classes/adultos/6066-licao-13-quando-deus-restaura-o-justo-i