LIÇÃO Nº 4 – JESUS, O PÃO DA VIDA

INTRODUÇÃO

-Na sequência do estudo do Evangelho segundo João, estudaremos o capítulo 6, que registra dois sinais (multiplicação dos pães e caminho sobre o mar) e o discurso do pão da vida.

– Jesus é o pão da vida.

I – A MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES E O CAMINHO SOBRE O MAR

-Na sequência do estudo do Evangelho segundo João, estudaremos hoje o capítulo 6, que registra dois sinais: a multiplicação dos pães e o caminho sobre o mar, como também o discurso em que Jesus Se identifica como o pão da vida.

-Os fatos noticiados no capítulo 6 de João dizem respeito, segundo a maior parte dos estudiosos, ao chamado “ano da oposição”, ou seja, o terceiro ano do ministério público do Senhor Jesus, pois logo se inicia dizendo que estava próxima a Páscoa, ou seja, a terceira páscoa registrada no Evangelho, já que a primeira é mencionada em Jo.2:13 e a segunda em Jo.5:1.

-Em virtude de Seus sinais e do desenvolvimento de Seu ministério na Galileia (Jo.6:1), Jesus já era dotado de fama (Mt.4:24; 9:31; 14:1; Mc.1:28; Lc.4:14,37; 5:15; 7:17).

O resultado disto é que passou a ser seguido por grande multidão (Jo.6:2). Era o “ano da popularidade”, popularidade que começaria a mudar com os eventos que agora analisaremos.

-João faz questão, a exemplo dos demais evangelistas, de fazer uma distinção entre a grande multidão e os discípulos, que sempre estavam com o Senhor quando Ele Se assentava (Jo.6:3).

-Até hoje temos esta distinção entre os que estão à volta do Senhor Jesus: a multidão e os discípulos. A multidão, sempre grande, numerosa, enquanto os discípulos estão em menor número.

-A multidão vem até Jesus por curiosidade, motivada pelos sinais realizados pelo Mestre, enquanto os discípulos ficavam próximos do Mestre, acompanhavam-n’O inclusive quando Ele subia o monte, querendo aprender d’Ele, tanto que ficavam em torno d’Ele quando Ele Se assentava, a típica posição do Mestre segundo a cultura judaica do tempo de Jesus.

-Hoje não é diferente. Muitas pessoas vão até Jesus por causa dos sinais que Ele opera (e daí a necessidade de que haja sinais, prodígios e maravilhas que acompanhem a pregação do Evangelho), mas estas pessoas desejam tão somente ou saciar a sua curiosidade, diante das notícias que recebem sobre tais operações, ou, então, querem elas mesmas se beneficiarem desses sinais. Como costuma afirma o professor Júlio Santos, que nos auxiliou na EBD de nossa igreja local, querem não o Evangelho, mas os benefícios do Evangelho.

-Outros, porém, veem em Jesus o verdadeiro Senhor, o Salvador e querem d’Ele estar próximos, d’Ele aprender, e por isso estão sempre aos Seus pés, ouvindo a Sua Palavra e estabelecendo um verdadeiro relacionamento com Ele, andando com Ele, sabendo que, a exemplo de Enoque, um dia serão tomados para estarem sempre com o Senhor, alcançando, desde já, descanso para as Suas almas (Mt.11:29).

-Jesus estava pregando perto de Tiberíades (Jo.6:23), uma das cidades que ficavam à margem do mar da Galileia que, como sabemos todos, é um lago de água doce, embora tenha este nome de “mar”.

-Apesar desta distinção, o texto sagrado mostra-nos que Jesus amava a todos, tanto multidão quanto os discípulos, indistintamente, tanto que Se preocupou com a multidão, pois sabia que precisavam se alimentar, tendo, então, perguntado a Filipe onde comprariam pão para alimentar aquela gente (Jo.6:5).

-Nesta preocupação do Senhor Jesus, vemos que, embora o objetivo de Sua obra salvífica fosse espiritual, não havia a desconsideração dos aspectos materiais. Jesus veio nos trazer a luz, a fim de que pudéssemos ver o reino de Deus, contemplarmos a eternidade e nos guiarmos para alcançá-la na comunhão com o Senhor (que é a vida eterna), mas isto não significa, em absoluto, não levar em conta o que necessitamos para sobreviver enquanto estivermos nesta peregrinação terrena.

-Jesus, então, indaga a Filipe a respeito de como se poderá alimentar aquela multidão, pergunta retórica, como bem explica o evangelista, pois Ele bem sabia o que haveria de fazer, embora quisesse experimentar Filipe.

-Filipe é um apóstolo cujas atitudes são minudenciadas somente por João. É este mais um elemento omitido pelos demais evangelhos que o apóstolo do amor faz questão de deixar registrado.

-Filipe, cujo nome significa “domador de cavalos”, era uma pessoa extremamente racional, o que, aliás, combina com seu nome, que era grego. Natural de Betsaida, uma cidade da Galileia, é mencionado por João, pela vez primeira, quando convida Natanael para conhecer Jesus, que é apresentado como sendo Aquele sobre quem escreveram Moisés e os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José (Jo.1:45).

-Na expressão de Filipe, vemos que ele gosta de se guiar pela lógica. Jesus era o Messias, porque tinha ele, Filipe, verificado que o que Moisés e os profetas diziam a respeito do Cristo estava presente em Jesus.

Ademais, Filipe havia tomado o cuidado de pesquisar a vida de Jesus, sabendo que Ele tinha vindo de Nazaré e que era filho de José, alguém que era da linhagem davídica.

-Este racionalismo de Filipe, porém, mostrou-se assaz insuficiente, pois Natanael o derrubou com uma simples expressão: Pode vir alguma coisa boa de Nazaré? (Jo.1:46).

-Filipe perturbou-se, porquanto Nazaré era uma espécie de “favelão” daquele tempo, uma cidade sem qualquer história, que nem sequer estava no mapa, e que, por óbvio, não constava das profecias messiânicas. Não tendo com que argumentar, Filipe limitasse a provocar Natanael para que fosse verificar pessoalmente, o que se fez.

-Agora, na segunda menção de Filipe neste evangelho, João faz questão de dizer que a pergunta feita por Jesus era apenas para experimentar o apóstolo e, mais uma vez, a reação de Filipe é racional, aritmética até: “Duzentos dinheiros de pão não lhes bastarão, para que cada um deles tome um pouco” (Jo.6:7).

-Filipe mostrava ao Senhor Jesus a impossibilidade de alimentar aquela multidão. Ela era numerosa e não havia recursos econômico-financeiros suficientes para a aquisição de pão para tanta gente.

Filipe estava circunscrito à razão, ao mundo debaixo do sol. Muitos discípulos de Jesus ainda agem como Filipe em nossos dias.

-André, que era conterrâneo de Filipe, foi além do mero cálculo aritmético e financeiro de Filipe. Fez uma pesquisa entre a multidão e encontrou um rapaz que tinha cinco pães de cevada e dois peixinhos. Sabia que isto nada era para alimentar a multidão, mas levou isto para o Senhor Jesus.

Embora, a exemplo de Filipe, entendesse que aquilo era logicamente impossível, preferiu trazer a Jesus o que havia encontrado, o que demonstra a dimensão da fé, da confiança no Mestre.

-Era tudo o que o Senhor Jesus queria. Como diz o evangelista, Ele sabia o que iria fazer, mas tinha de ter a disposição da parte de Seus discípulos. Diante daquele gesto de André, mandou que todos se assentassem, quase cinco mil homens, fora as mulheres e crianças (Jo.6:10,11).

-O cuidado de Jesus não era só com a fome daquela gente. João faz questão de dizer que o Senhor mandou que os homens se assentassem porque havia muita relva naquele lugar.

Jesus não mandou que as pessoas se assentassem numa areia quente e insuportável do deserto, mas, sim, num lugar onde não seriam acometidos de incômodo adicional algum.

-Isto deve nos servir de alerta para que tomemos mais cuidado com as instalações de nossas igrejas locais, bem como com o bem-estar do auditório nos cultos e demais reuniões.

Temos de imitar o Senhor Jesus e Ele sempre foi extremamente cuidadoso e zeloso com os aspectos materiais da multidão que O seguia. Não estamos falando de luxo ou algo similar, mas de conforto mínimo, que corresponda à dignidade de todos e à própria prestatividade e voluntariedade da membresia. Pensemos nisto!

-Jesus tomou os pães e, havendo dado graças, repartiu-os pelos discípulos e os discípulos, pelos que estavam assentados, assim como os peixes, quantos eles queriam, tendo ficado todos saciados. O Senhor mandou recolher os pedaços que sobejaram, tendo sido cheios doze cestos de pedaços dos pães (Jo.6:11-13).

-Por primeiro, vemos que Jesus deu graças pelo alimento. Seu gesto, a uma, mostra que sempre devemos reconhecer que a fonte de nosso sustento é o Senhor.

Embora adquiramos nossos bens pelo nosso trabalho, jamais podemos nos esquecer de que este trabalho só é possível porque Deus nos deu vida e saúde para trabalhar, um espaço na sociedade para trabalharmos e mandou sol e chuva para que houvesse produção.

-Por segundo, temos aqui o milagre da multiplicação, ou seja, aqueles cinco pães e dois peixinhos foram multiplicados.

Se é verdade que a multiplicação veio de uma repartição, o que contém também uma lição, pois devemos agir com fé e repartir o que temos sabendo que, nesta partilha, Deus irá multiplicar o que temos, não se pode considerar, como alguns desavisados, de que o milagre era somente uma “lição sobre partilha”.

-O texto é bem claro que havia apenas cinco pães e dois peixinhos ali e que foram alimentados cinco mil homens, fora as mulheres e crianças, tendo ainda havido sobra de pedaços de pão.

Não se trata, pois, em absoluto, de um estímulo a que as pessoas que ali estavam dividissem o que possuíam com os que nada tinham. Tal discurso contraria frontalmente o texto e jamais pode ser admitido.

-Por terceiro, após o milagre, Jesus mandou recolher o que sobrou para que nada se perdesse, demonstrando que o desperdício de alimento é algo que não é do agrado de Deus.

A principal causa de fome na Terra, em nossos dias, é, precisamente, o desperdício de alimentos, o descuido na logística entre o que é produzido e o que é consumido. Por isso, embora a produção de alimentos seja suficiente para alimentar uma vez e meia a população do planeta, sete pessoas morrem de fome a cada minuto.

-Diante de tamanho milagre, a multidão passou a dizer que Jesus era verdadeiramente o profeta que havia de vir ao mundo e quiseram arrebatar Jesus para O fazer rei, tendo, então, Jesus Se retirado do local e subido ao monte, sozinho (Jo.6:13-15).

-A multidão ficou admirada com aquela situação, o que é perfeitamente compreensível. Mas viu em Jesus alguém que poderia lhe dar o sustento quotidiano sem que fosse necessário trabalhar, como, aliás, ocorrera com os filhos de Israel durante os quarenta anos em que peregrinaram no deserto, sendo alimentados diariamente por Deus com o maná.

-A multidão, como já vimos, estava seguindo a Jesus com objetivos meramente terrenos: saciar a curiosidade e valer-se dos “benefícios do Evangelho”. Nada mais natural, portanto, que, após tal milagre, tivesse enxergado a possibilidade de sobrevivência sem qualquer esforço.

-É esta, aliás, até hoje, o sonho de todos os homens: ter uma vida regalada sem precisar trabalhar. Por isso, aliás, ganham muito dinheiro os que organizam os jogos de azar, como vimos recentemente, em nosso país, a insensata liberação das apostas esportivas eletrônicas que, em pouquíssimo tempo, já trouxe a fome e miséria dos mais pobres que resolveram usar os recursos do Bolsa Família em tais apostas.

-Em nossos dias, temos pregadores que estimulam e incentivam esta mentalidade da multidão, fazendo as pessoas correr atrás tão somente dos benefícios do Evangelho, pregações que, inclusive, têm, lamentavelmente, pervertido a fé de muitos discípulos, porquanto o amor ao dinheiro desvia as pessoas da fé (I Tm.6:10) e tornando tais pessoas como as mais miseráveis entre todos os homens, já que passam a esperar em Cristo somente para as coisas desta vida (I Co.15:19).

-A multidão, totalmente dominada pelas coisas terrenas, reconheceu Jesus como o profeta que deveria vir ao mundo e quiseram fazê-lo rei.

Era a redução do Evangelho a aspectos puramente materiais e políticos, exatamente o que fazem não só os pregadores já mencionados, com as teologias da prosperidade e da confissão positiva, mas também os arautos das teologias da libertação e da missão integral.

-O texto sagrado diz-nos que Jesus não tem coisa alguma com esta gente. O Senhor, ao ver que queriam arrebatá-l’O e fazê-l’O rei, retirou-Se e foi sozinho para o monte. Não nos unamos a estes tipos de falso evangelho, porque Jesus neles não está.

-Os discípulos também não se misturaram com aquela gente, tendo, à tarde, descido para o mar. Ao pôr do sol, decidiram voltar para Cafarnaum, cidade da Galileia para onde Jesus tinha ido morar depois de ter saído de Nazaré (Jo.2:12).

-No barco, já tendo escurecido, Jesus ainda não tinha chegado perto deles (Jo.6:17). Esta afirmação de João traz-nos importantes lições.

-Por primeiro, mostra-nos que a escuridão da noite se tornou ainda maior porque Jesus não estava com os discípulos. Jesus é a luz dos homens (Jo.1:4) e só Ele resplandece nas trevas (Jo.1:5). Nada podemos fazer sem Jesus (Jo.15:5 “in fine”).

-Por segundo, mostra-nos que o lugar do discípulo é ficar perto de Jesus. João, como ninguém, sabia desta realidade, pois era o discípulo que ficava mais próximo do Senhor, a ponto de pôr a sua cabeça no peito do Mestre (Jo.13:23) e de ter sido o único que ficou ao pé da cruz no Calvário (Jo.19:26).

-Somente somos discípulos quando resolvemos aprender com o Mestre e, para aprender do Mestre, temos de estar aos Seus pés, e, quando assim decidimos, nas palavras do próprio Jesus, escolhemos a boa parte que não nos será tirada e que é a única coisa necessária (Lc.10:42)

-Sem Jesus no barco e na escuridão, o que já estava ruim piorou, poiso mar se levantou, já que um grande vento assoprava.

Após terem navegado, sob tais circunstâncias adversas, por 25 ou 30 estádios (o que corresponde a 5 ou 6 km), Jesus apareceu andando sobre o mar e se aproximou do barco (Jo.6:19).

-Os discípulos assustaram-se, mas Jesus Se identificou dizendo “Sou eu, não temais”. É esta a primeira expressão “Eu sou” utilizada por Jesus no Evangelho segundo João, a demonstrar a Sua deidade.

-Os discípulos, então, de boa mente O receberam no barco e logo o barco chegou à terra para onde iam (Jo.6:21).

-Enquanto a multidão vira Jesus como profeta e como o rei que lhes garantiria a sobrevivência sem necessidade de trabalho, os discípulos puderam ver Jesus como o Deus feito homem, como Aquele que Se faz nosso companheiro em meio aos embates desta vida, como Aquele que nos leva até o nosso objetivo, que é a vida eterna, a mansão celestial.

-Para chegarmos à glorificação, último estágio do processo da salvação, temos de receber Jesus como Deus feito homem no barco da nossa vida, sem o que jamais chegaremos ao destino pretendido.

II – O DISCURSO DO PÃO DA VIDA NA SINAGOGA DE CAFARNAUM

-Jesus havia Se retirado da multidão e subido ao monte sozinho. Ao longo de Seu ministério, por vezes Jesus saiu de modo misterioso do meio da multidão, seja para evitar ser indevidamente honrado, como neste caso, seja, no mais das vezes, para evitar ser apedrejado (Lc.4:29,30; Jo.8:59; 10:39).

-A multidão, porém, não desanimou. Logo na manhã do dia seguinte, foram atrás de Jesus e estavam bem interessados em procurá-l’O, tanto que se informaram se Jesus havia pegado algum barquinho para Cafarnaum, se algum barco havia ido para Cafarnaum no final do dia anterior, tendo sabido, inclusive, que os discípulos haviam atravessado o mar, mas sozinhos, bem como que alguns barcos tinham vindo de Tiberíades, perto do lugar onde ocorrera a multiplicação.

-A multidão queria passar a viver sem ter de trabalhar, viram em Jesus Aquele que lhes podia saciar a fome e estavam resolvidos a encontrá-l’O com este objetivo e, por isso, fizeram exaustiva investigação para ter o Seu paradeiro.

-Quem tem interesse, pesquisa, investiga, busca o paradeiro. A multidão queria saber onde estava Jesus, para onde Ele tinha ido, porque queria que Ele lhes alimentasse dali por diante.

-Temos nós ido ao encontro de Jesus? Temos nós interesse em encontrá-l’O para que Ele alimente a nossa alma, dê-nos crescimento espiritual e nos mantenha em comunhão com Ele até o dia do arrebatamento da Igreja?

Temos buscado informações a respeito de Jesus nas Escrituras, nos cultos e na Escola Bíblica Dominical? Temos este interesse? Pensemos nisto!

-Descobrindo que Jesus não mais estava em Tiberíades, a multidão resolveu ir para Cafarnaum, tomando os barcos para o transporte, estavam resolvidos, decididos a encontrar o Senhor (Jo.6:24).

-Tamanha dedicação e esforço não poderia ter outro resultado: a multidão encontrou Jesus e ainda quiseram saber como Ele havia chegado a Cafarnaum! (Jo.6:24,25). Jesus estava na sinagoga (Jo.6:59).

-Jesus, evidentemente, não deu satisfação àquela multidão, que era descompromissada com Ele e que queria tão somente benefícios terrenos, algo que estava fora da obra que o Pai Lhe dera a fazer.

-Jesus vai direto ao ponto e diz que a multidão estava interessada única e exclusivamente em continuar sendo alimentada por Ele e a repreende dizendo que não deviam trabalhar pela comida que perece mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem lhes daria, porque a esse, o Pai, Deus, O selou (Jo.6:26,27).

-Temos aqui mais uma cabal demonstração de que a mensagem da salvação é para todos os homens. Jesus havia Se identificado como Deus aos Seus discípulos no mar da Galileia e agora o faz, novamente, para a multidão.

Diz que a multidão deveria trabalhar pela comida permanente, que dá a vida eterna, algo que somente o Filho do homem poderia dar, porque havia sido selado por Deus para tanto.

-Jesus diz ser o Deus feito homem que tinha a missão de trazer a vida eterna para a humanidade, algo que já havia falado tanto para Nicodemos, como para a mulher samaritana e para os próprios habitantes de Sicar, como também no discurso que proferiu depois da cura do paralítico do tanque de Betesda (Jo.5:25-27).

-Esta afirmação de Cristo ainda é extremamente atual, pois, como já dissemos, não são poucos os que andam pregando um evangelho completamente dissociado da vida eterna, um evangelho exclusivamente voltado para as coisas desta vida, um evangelho que promete a construção de um paraíso na Terra.

É muito triste vermos na atualidade milhares e milhares de pessoas frequentando igrejas, lotando templos, participando de reuniões supostamente de adoração ao Senhor, mas que têm a mesma mentalidade daquela multidão que atravessou o mar da Galileia em busca de Jesus.

-Diante de tamanha reprimenda, a multidão parece ter despertado interesse em atender ao chamado do Senhor, algo que veremos, entretanto, que se tratava de um interesse fingido e hipócrita.

-Neste aparente despertamento, perguntam, então, a Cristo o que deveriam fazer para que executassem as obras de Deus (Jo.6:28) e o Senhor Jesus, então, prontamente lhes responde: “A obra de Deus é esta: que creiais n’Aquele que Ele enviou” (Jo.6:29).

-Só se pode executar a obra de Deus, e a realização da obra de Deus, conforme vimos em lição anterior, tem de ser a razão de ser de nossa vida terrena, como também a nossa verdadeira adoração, se crermos em Jesus, o enviado do Pai.

-Esta afirmação do Senhor Jesus também nos mostra como não tem qualquer sentido e deve ser rechaçada qualquer tentativa de termos um “ecumenismo” ou “um diálogo interreligioso”, discurso este que tem crescido enormemente nos últimos anos, dentro da ideia de uma “fraternidade universal”, que tem tido no atual chefe da Igreja Romana, Papa Francisco, uma grande defesa.

-Este discurso nada mais é que preparatório para o surgimento da “religião universal”, que será capitaneada pelo Falso Profeta e que levará a humanidade, após o arrebatamento da Igreja, a adorar o Anticristo e o diabo (Ap.13:4-6,11,12).

-Ante a resposta de Jesus, a multidão demonstra toda a sua hipocrisia. Pedem a Jesus um sinal para que pudessem crer n’Ele como “o enviado do Pai”, atitude que era típica do povo judeu (I Co.1:22).

-A multidão não só pede sinal, mas indica que sinal desejava, qual seja, que Jesus repetisse o milagre do maná no deserto, ou seja, desse-lhes pão para que se alimentassem, assim como Deus fizera durante quarenta anos para os filhos de Israel (Ex.16:35).

-A multidão estava a zombar da inteligência de Jesus, querendo que Ele os alimentasse sob o pretexto de fazer um sinal para que eles pudessem crer n’Ele. Não estavam nem um pouco interessados na vida eterna, queriam apenas usar Jesus como um meio para terem o pão sem que necessitassem trabalhar.

-Não são poucos os que assim pensam em nossos dias. Veem a pregação do Evangelho como mero meio de subsistência, como fonte de enriquecimento material, sendo verdadeiros estelionatários, que, por meio da fraude e do engano, tentam amealhar uma vida regalada, fora dos parâmetros divinos, tendo ao Evangelho e a Jesus Cristo como meio, como pretexto.

-Como todo estelionatário, tais pessoas se servem de vítimas que são igualmente materialistas e que tem a mesma cobiça e que buscam a Cristo não porque estejam arrependidos de seus pecados, não porque querem ter a vida eterna, mas também porque veem em Jesus alguém que lhes pode dar a vida regalada que tanto almejam.

-Será que participamos desta mentalidade da multidão? Pensemos nisto!

-Jesus, diante desta artimanha da multidão, mostra que o verdadeiro “pão do céu” não era o maná que havia sido mandado por Deus no deserto aos israelitas, mas o pão que havia realmente descido do céu e que havia sido dado pelo Pai, que era o próprio Cristo.

-Jesus identifica-Se como sendo o pão de Deus que desceu do céu e dá vida ao mundo (Jo.6:33), o pão da vida, que faz cessar a fome e a sede (Jo.6:35).

-Jesus mostra que Ele era o pão de Deus, saciando a fome e a sede de Deus que a humanidade tinha desde que havia pecado e perdido a comunhão com o Senhor. Jesus identifica-Se como o pão porque preenchia esta carência, este “vazio do tamanho de Deus” que há em todo ser humano por causa do pecado.

-Jesus identifica-Se como o pão porque dá vida ao homem, vivifica-O, fá-lo novamente ter comunhão com Deus (e vida é comunhão, assim como morte é separação), mantendo o homem vivo, como o alimento mantém vivo o organismo.

-Deste modo, vemos, de pronto, que, ao contrário do que defendem os partidários da chamada “doutrina da transubstanciação”, que diz que, na ceia do Senhor, o pão se torna o corpo de Cristo e o vinho, o sangue de Cristo, o que teria sido defendido por Jesus Cristo neste discurso, Jesus diz que Ele é o pão da vida descido do céu e que Ele é quem dá a vida, de modo que, crendo n’Ele, a pessoa já tem o pão, já é saciado, não precisa ficar se saciando a cada celebração da Eucaristia para ter comunhão com Deus. Para não ter fome basta vir a Jesus; para não ter sede basta crer n’Ele (Jo.6:35).

-Enquanto a multidão continuava a tripudiar da inteligência do Senhor dizendo para que Ele desse deste pão a ela sempre (Jo.6:34), Jesus disse que, sendo Ele o pão, quem viesse a Ele não teria fome, quem cresse n’Ele não teria sede, de modo que não precisaria se alimentar diariamente de nova substância, pois quem viesse a Cristo de maneira alguma seria lançado fora (Jo.6:37).

-Jesus viera do céu para fazer a vontade do Pai, que era a de que ninguém que viesse até Cristo se perdesse mas fosse ressuscitado no último dia, pois quem visse e cresse no Filho seria ressuscitado no último dia, expressão bem conhecida dos judeus (Cf. Jo.11:24), que dizia respeito ao final dos tempos, à eternidade, como dissera o profeta Daniel (Dn.12:2).

-Com esta expressão, Jesus mostrava que Seu intento era a eternidade e não a vida terrena, o que, certamente, frustrou a multidão, que só pensava nas coisas desta vida, que só queria comer e beber sem trabalhar.
-A multidão, então, começou a murmurar, repetindo, aliás, o que fizeram os filhos de Israel quando sentiram fome no deserto, ocasião em que o Senhor acabou lhes mandando o maná (Ex.16:11,12).

-A primeira murmuração foi questionar a divindade de Jesus. Como Jesus podia dizer que havia descido do céu se era filho de José e de Maria? (Jo.6:41,42).

-Quem pensa em Jesus só para as coisas desta vida minimiza quando não abertamente questiona a divindade de Cristo, porque isto é uma verdade que faz exsurgir a eternidade como objetivo da obra salvífica, o que confronta a torpe ganância que move essa gente. Tomemos cuidado, amados irmãos!

-Em resposta a estas murmurações, Jesus disse que somente viria a Ele quem fosse trazido pelo Pai e este seria ressuscitado no último dia. Viria até Jesus quem fosse ensinado por Deus, todo aquele que ouviu e aprendeu do Pai. Quem cresse em Jesus, o pão da vida, teria a vida eterna (Jo.6:44-48).

-Temos aqui, uma vez mais, a distinção entre a multidão e os discípulos. Somente aqueles que se interessam em aprender do Pai, em vê-l’O e ouvi-l’O, crendo em Jesus, selado pelo Pai para fazer-Lhe conhecido (Jo.6:27; 14:8-11; 15:15) e que alcançam a vida eterna e, assim perseverando, chegarão à glorificação, à eternidade com Deus.

-Este último dia, é importante que se esclareça, expressão cunhada, como já visto, no escrito do profeta Daniel, não é o mesmo para todas as pessoas. Lembremos de que Daniel escreveu para os judeus, fala do futuro de Israel, em nada mencionando a Igreja, que era um mistério no seu tempo.

-Assim, para a Igreja, o último dia é o dia da última trombeta, o dia do arrebatamento da Igreja, quando os que morreram em Cristo ressuscitarão e os que estiverem vivos serão transformados num abrir e fechar de olhos (I Co.15:51-58; I Ts.4:14-17).

-Para Israel, este último dia será o dia da batalha do Armagedom, o epílogo da Grande Tribulação, quando o remanescente de Israel será salvo, crendo em Jesus, com a ressurreição daqueles que foram mortos por causa de Cristo durante os sete anos da última semana das setenta semanas reveladas a Daniel (Dn.9:24; Jl.3:14-21; Rm.11:25-31; Ap.20:4).

-Para os gentios, este último dia será o dia do juízo do trono branco, quando os que viveram durante o milênio e não se rebelaram contra Cristo também ressuscitarão ou serão transformados para viverem para sempre com o Senhor (Ap.20:11-15).

-Jesus, então, mostra que o maná não era o verdadeiro pão do céu, pois quem comeu do maná acabou morrendo, porquanto se tratava de um alimento físico para um corpo físico, que tornou ao pó (Jo.6:49).

-Ao revés, Jesus apresenta-Se como o pão vivo que desceu do céu, que traz vida eterna (Jo.6:50,51). Ora,
o alimento físico é algo morto. Ninguém come nada vivo. Só pode comer algo morto. Jesus, porém, diz que é o pão vivo, portanto não é um alimento físico, mas um alimento espiritual.

-Por ser o pão vivo, Jesus traz vida eterna e quem n’Ele crê e Se mantém n’Ele e Ele em quem crê tem a vida eterna, não morre. É um alimento vivo que mantém vivo quem d’Ele se alimenta.

-Não há, portanto, qualquer motivo para que, quando declaramos nossa comunhão com Cristo, na ceia do Senhor, o pão e o vinho que ingerimos se tornem o corpo e o sangue de Cristo, porque Jesus já é o pão vivo, não precisa se transformar em alimento morto para que tenhamos comunhão e, se assim fosse, estaríamos tomando um alimento físico, morto, que não daria vida.

-Mas, dizem os defensores da transubstanciação, que Jesus disse que o pão que é dado é a carne que Jesus daria pela vida do mundo (Jo.6:51) e, tanto assim seria, que a própria multidão se escandalizou com a afirmação de Jesus de que deveriam comer a carne de Jesus, como se fossem eles antropófagos (Jo.6:52).

-Sem razão, porém, os que assim pensam. Ao dizer que o pão que daria seria a Sua carne, Jesus estava apenas mostrando que esta vida eterna dependeria da entrega da Sua vida terrena em pagamento pelos pecados do mundo.

-Assim como dissera a Nicodemos que era necessário que o Filho do homem fosse levantado para que as pessoas nascessem do Espírito (Jo.3:14,15), Jesus diz que era necessário que Ele morresse, entregasse a Sua carne, derramasse o Seu sangue para que a humanidade tivesse a vida eterna.

-Ele deu a Sua carne para dar vida ao mundo e isto ocorreu na cruz do Calvário, quando Ele deu a Sua vida pelo resgate da humanidade (Mt.20:28; Mc.10:45).

Ali a Sua carne e o Seu sangue foram oferecidos por nós, num sacrifício único e perfeito, que não precisa ser renovado (Hb.10:9-13), nem tampouco “presentificado”, pois este sacrifício do homem Jesus deu-se dentro do tempo e do espaço.

-Assim, não é a Sua carne ou o Seu sangue que comemos ou bebemos ao celebrarmos a ceia do Senhor, mas, sim, ao tomarmos o pão e o vinho, comemoramos a Sua morte até que venha, fazemo-lo em memória d’Ele e do Seu sacrifício (I Co.11:24-26).

-A admiração da multidão, ademais, não pode servir de pretexto para a transubstanciação, pois evidente que a multidão tinha uma mentalidade totalmente voltada para as coisas terrenas, e de modo interesseiro, de modo que não podia mesmo compreender a dimensão espiritual do discurso, pensando que Jesus os convidava a serem antropófagos.

-Jesus reafirma que era preciso comer a carne do Filho do homem e beber o Seu sangue para ter vida em si mesmos, pois quem o fizesse teria a vida eterna e seria ressuscitado no último dia, porque a Sua carne era verdadeiramente comida e o Seu sangue, verdadeiramente bebida e a permanência em Cristo depende desta comida e bebida (Jo.6:53-56).

-Logicamente que Jesus não estava a compartilhar da mesma visão tacanha da multidão e que é repetida pelos áulicos da doutrina da transubstanciação. Ao falar em comida e bebida, Jesus está a falar de comunhão, da vida trazida por Ele ao homem, da unidade que deveria haver entre o homem e Deus por intermédio do Cristo (Jo.17:22,23).

-Comer e beber é ter comunhão com Jesus, é crer em Jesus como o enviado do Pai (Jo.6:29), fazendo- Lhe a vontade (Jo.6:38-40). Quando participamos da ceia do Senhor, estamos dizendo que estamos em comunhão com Deus, que estamos a fazer-Lhe a vontade, que não mais vivemos mas Cristo vive em nós (Gl.2:20).

-Como ensina o pastor Donald Carrel Stamps (1938-1991): “…Come a minha carne e bebe o meu sangue. Esta expressão de Jesus revela que recebemos vida espiritual crendo em Cristo e tendo parte n’Ele e nos benefícios redentores de Sua morte na cruz (Rm.3:24,25; I Jo.1:7).

Destaca, ainda, a verdade que continuamos a ter vida espiritual à medida que permanecemos no Cristo vivo e na Sua Palavra.…” (BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL. Nota a Jo.6:54, p.1584).

Ou, como ensina o pastor e teólogo Myer Pearlman (1898-1943): “…“Comer a carne do Filho do homem e beber o seu sangue” (v. 53) é crer na eficácia da Sua morte expiatória.…” (João. Série Comentário Bíblico. Rio de Janeiro: CPAD, p.81).

-O próprio Jesus diz que esta comunhão é de dimensão espiritual, não física, tanto que afirmou aos discípulos, após o discurso feito na sinagoga, que “o espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita, as palavras que eu vos disse são espírito e vida” (Jo.6:63).

-Ao contrário do que defendem os partidários da transubstanciação, não dependemos participar da Eucaristia para entrarmos em comunhão com Jesus, mas esta ação de graças se dá porque estamos em comunhão, tanto que come e bebe indignamente quem não está em comunhão com o Senhor (I Co.11:27-29).

-A participação na ceia do Senhor é indispensável e necessária para a nossa vida espiritual, pois, por primeiro, se trata de uma ordenança de Jesus e temos de obedecer-Lhe por é Ele o Senhor e nós, Seus servos.

-Por segundo, trata-se de um momento em que se faz o sempre necessário autoexame de nossa vida espiritual, para sabermos se estamos mesmo em comunhão com o Senhor, se Lhe estamos a fazer a Sua vontade.

-Por terceiro, é o momento em que expressamos a nossa gratidão pelo sacrifício de Jesus no Calvário, pelo Seu amor para conosco, pela nossa salvação, comemorando a Sua morte que nos dá vida.

-Por quarto, reavivamos a nossa esperança na Sua volta para arrebatar a Sua Igreja, lembramos de que não sabemos quanto tempo temos ainda de vida sobre a Terra, seja pela morte física, seja pelo próprio arrebatamento, e, deste modo, redobramos a necessidade de nos mantermos em vigilância e santidade.

-Em suma, ao celebrarmos a ceia, estamos a perguntar a nós mesmos: Jesus está em nós? Nós estamos em Jesus? Estamos realmente indo para o céu? Temos vida eterna?

-Foi exatamente isto que Jesus disse ao término do discurso na sinagoga de Cafarnaum. A permanência em Cristo depende desta comunhão com o Senhor, testificada e não obtida em cada celebração da ceia.

Jesus diz que tal comunhão nada mais é que viver por Cristo, assim como Jesus vivia pelo Pai (Jo.6:57).

-Esta necessidade de viver por Cristo, de negar a si mesmo causou perplexidade até mesmo a alguns discípulos, que, diante deste discurso de Jesus, abandonaram-n’O (Jo.6:66).

-A necessidade de um compromisso com Jesus até hoje afugenta muita gente que se dispõe, num primeiro momento, a segui-l’O.

No entanto, são pessoas que não creram verdadeiramente no Senhor ou que até creram mas não desenvolveram a sua fé, de modo que ela se perde ao longo da jornada.

-João diz que o Senhor já sabia quem havia crido e quem não (Jo.6:64). Tal assertiva mostra claramente que não há uma predestinação incondicional, embora a presciência do Senhor faça com que Ele saiba quem será salvo e quem não o será.

-Muitos discípulos deixaram de andar com Jesus por causa da necessidade do compromisso. Não estavam dispostos a enfrentar todas as dificuldades por causa do Mestre.

Jesus bem retratou esta realidade ao ensinar a parábola do semeador, mostrando como muitos chegam até a crer n’Ele mas acabam fracassando, seja por causa das perseguições e adversidades, seja por causa das atrações do mundo.

-Diante desta debandada, os discípulos se assustaram, parecendo indicar ao Mestre de que deveria suavizar o discurso, torná-lo mais palatável, mais agradável, exatamente o que muitos têm feito na atualidade, pregando um “Evangelho light”, um “Evangelho politicamente correto”, característica das chamadas “igrejas seeker- sensitive” ou “igrejas sensíveis ao que busca”.

-Ora, como afirma Paul Carter:

“…A lógica básica do movimento “sensível ao que busca” era que nós atrairíamos as pessoas tocando música contemporânea, cantando canções contemporâneas, falando o jargão contemporâneo e abordando questões contemporâneas.

Então, em algum ponto não específico no futuro, faríamos a transição para coisas mais carnudas e substanciais. Era uma operação básica de atrair para dentro para depois trocar a isca e, como você pode imaginar, nunca funcionou na prática.

Acontece que aquilo com o que você ganha as pessoas é aquilo com o que você tem que mantê-las. Se você se vender como uma igreja para pessoas que não gostam de igreja, então você não pode fazer coisas de igreja sem esperar uma reação negativa.

É por isso que a maioria das igrejas do movimento nunca conseguiram sair da rota de fusão teológica. Se você os der um cristianismo água com açúcar, então você precisa continuar a oferecer o mesmo cristianismo semana após semana após semana.…” (Porque abandonei a igreja sensível ao que busca. Disponível em: https://lecionario.com/porque-abandonei-a-igreja-sens%C3%ADvel-ao-que-busca-a9cb74d144e7 14 nov. 2019. Acesso em 1’2 fev. 2025).

-Entretanto, não se pode pregar o Evangelho, que é a verdade, com a mentira; não se pode chamar o povo ao arrependimento dos pecados, consentindo com eles; não se pode dizer que é preciso crer em Jesus e nascer de novo, nascer do Espírito, mantendo-se na carne e no pecado.

-Jesus, diante desta insinuação dos discípulos, perguntou-lhes se eles também queriam se retirar. Jesus nunca lança ninguém fora daqueles que vem até Ele, mas também não prende pessoa alguma.

-Diante desta pergunta, Pedro disse a Jesus que não tinha para onde irem, pois só Jesus tinha as palavras da vida eterna, pois eles haviam crido e conhecido que Jesus era o Cristo, o Filho de Deus (Jo.6:68,69) e Jesus, então, diz que um dos discípulos era um diabo, ainda que escolhido por Ele (Jo.6:70).

– Precisamos crer e manter a comunhão com o Senhor Jesus, fazer crescer, a cada dia, a nossa fé para que alcancemos a glorificação. Alimentemo-nos do pão da vida, tenhamos vida em Cristo, vivamos por Ele, para não corrermos o risco de fracassarmos a exemplo de Judas Iscariotes. Que Deus nos guarde!

Pr. Caramuru Afonso Francisco

Fonte: https://www.portalebd.org.br/classes/adultos/11402-licao-4-jesus-o-pao-da-vida-i

Glória a Deus!!!!!!!