INTRODUÇÃO
-Na sequência do estudo da Eclesiologia, veremos a dupla dimensão da Igreja enquanto organismo e organização.
-A Igreja é tanto um organismo quanto uma organização
I– DEUS É ORDEIRO
-Na sequência do estudo da Eclesiologia, falaremos hoje a respeito da ordem que deve existir na Igreja, ordem esta que se revela numa dupla faceta: o organismo e a organização.
-Nosso Deus é um Deus de ordem, como diz conhecido hino de autoria do compositor Alceu Pires, “é ordeiro”. O apóstolo Paulo fez questão de afirmar que Deus não é Deus de confusão, senão de paz em todas as igrejas dos santos (I Co.14:33).
-A criação de todas as coisas mostra claramente este caráter divino, pois tudo foi criado e é mantido em perfeita harmonia e equilíbrio, seguindo uma ordem estabelecida pelo próprio Senhor (Sl.19:1-6).
-Por isso mesmo, a todo este universo existente se costuma utilizar uma expressão grega, que dá ideia precisamente desta ordenação, desta ordem, que é a expressão “cosmos”, que se contrapõe a outra, chamada de “caos”, que é exatamente esta circunstância de desordem, de confusão, de anarquia.
-Por causa disto, aliás, existem os defensores da teoria da “recriação”, que entendem que, sendo Deus ordeiro, a circunstância de que “a terra era sem forma e vazia” constante de Gn.1:2 é uma desordem causada pela rebelião de Satanás, pois só assim se entenderia uma situação desta natureza. Deus teria, então, reordenado todas as coisas.
-Mas sem adentrar neste aspecto, que não é o objeto nem o objetivo de nosso estudo, tem-se que, em sendo Deus um Deus de ordem, um Deus ordeiro, efetivamente a Igreja não poderia ser diferente, já que tem origem divina e é o povo de Deus, que está em comunhão com o Senhor.
-Por ser Deus o Senhor de todas as coisas, e, como sabemos, em relação aos salvos é Senhor por três motivos, quais sejam, o de ser nosso Criador, nosso Sustentador e nosso Redentor, não há como deixarmos de reconhecer que existe uma ordem, uma ordenação na Igreja, estabelecida diretamente pelo Seu Edificador.
-Aliás, quando vemos as imagens bíblicas da Igreja, nela notamos sempre a presença da ordem. A Igreja é comparada a um edifício, assim o foi no momento da revelação de seu mistério por Cristo em Cesareia de
Filipe (Mt.16:18) e qualquer edifício nada mais é que uma ordenação de materiais segundo um plano previamente estabelecido (I Cr.28:11-13; II Cr.7:11).
-A Igreja também é comparada a um corpo (I Co.12:27; Ef.4:12) e o corpo, sabemos todos, é um organismo, ou seja, um ser vivo que está bem ordenado e que, pela sua ordenação, vai sobrevivendo, crescendo e se desenvolvendo.
-A Igreja também é comparada a uma lavoura (I Co.3:9) e sabemos que toda lavoura é cultivada, cuidada pelo lavrador, que toma todas as providências e tudo organiza para que se obtenha uma boa colheita (Is.5:1,2; Jo.15:1-6).
-A Igreja é chamada de “sacerdócio real”, “nação santa” e “povo adquirido” (I Pe.2:9), expressões que revelam também a ideia de ordem, pois, para ser “sacerdócio real” é preciso que haja um rei e rei é alguém que manda, governa, portanto há um governo.
Nação, também, é um conjunto de pessoas que possuem os mesmos hábitos, costumes, tradições, que vivem segundo um modo já previamente estabelecido, o que é, também, uma ordem estatuída e, por fim, “o povo adquirido” nada mais é que pessoas que estão submetidas a uma ordenação e, mais do que isto, que são verdadeira propriedade de quem manda, já que foram “adquiridos”, “comprados” pois.
-Diante deste quadro, não há como negar que a Igreja é um ambiente em que há ordem, em que há regras a serem observadas pelos seus membros, em que existe toda uma organização, em que há um governo e uma ordenação que está acima de todos os membros em particular.
II– A IGREJA É UM ORGANISMO
-Temos, pois, bem definido que a Igreja é dotada de ordem, ordem que é, como dizia i filósofo francês Henri Bergson (1859-1941), “a disposição conveniente para um determinado fim”.
-Nesta ordem, vemos, por primeiro, que a Igreja é um organismo. “Organismo”, segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, é “forma individual de vida, como um animal, uma planta, um fungo, uma bactéria ou um protista; qualquer corpo constituído por órgãos, organelas ou outras estruturas que interagem fisiologicamente, executando os diversos processos necessários à vida; a constituição orgânica; qualquer corpo cuja conformação é concebida como um ser vivo; conjunto de elementos materiais ou ideais organizados e inter-relacionados”.
-Pelo que se pode verificar, quando se diz que a Igreja é um “organismo”, está-se a dizer que ela é um “corpo com vida própria” e que esta vida se estabelece mediante órgãos ou estruturas que interagem, executando processos que permitem o seu crescimento, seu desenvolvimento, enfim, a sua própria sobrevivência.
-A palavra “organismo” tem como raiz “organum”, que significa “instrumento, engenho, instrumento musical, órgão”.
-O organismo, portanto, é um ser vivo, fruto de uma concepção, de um planejamento, que se mantém vivo mediante a interação de todos os seus órgãos, de todos os seus componentes, interação que permite o seu crescimento e desenvolvimento.
-A Igreja é um organismo porque ela é um ser vivo. Não estamos aqui a considerar a Igreja do ponto-de- vista sociológico, segundo a linha do sociólogo judeu francês Émile Durkheim (1858-1917), de que todo grupo social, toda sociedade é um “ser vivo”.
-Quando dizemos que a Igreja é um “ser vivo”, assim dizemos porque ela foi criada por Jesus, que é a vida (Jo.1:4; 14:6), sendo formadas por pessoas que tiveram seus pecados perdoados e, que, por isso mesmo, passaram da morte para a vida, já que creram em Jesus como seu Senhor e Salvador (Jo.5:24).
-Sendo gerada e edificada pela própria vida e sendo formadas de pessoas vivas, não há como deixar de se reconhecer que a Igreja é um organismo, porque possui vida e, como vimos, organismo é todo corpo cuja conformação é concebida como um ser vivo.
-A Igreja possui vida espiritual e, portanto, trata-se de um organismo espiritual e é precisamente por causa disto que não pode ela se identificar com qualquer elemento material.
É por isso que o próprio Jesus disse que o Seu reino não é deste mundo (Jo.18:36), reforçando que a Igreja não é uma entidade baseada no universo físico, mas, sim, algo sobrenatural, cujo ambiente são “os lugares celestiais em Cristo” (Ef.1:3).
-Assim, quando observamos a Igreja como um organismo, estamos a verificar como se dá a sua espiritualidade, a sua vida espiritual, atentamo-nos para as coisas invisíveis aos olhos físicos, para aquilo que diz respeito às “coisas de cima e não nas que são da terra” (Cl.3:2).
-Para que a Igreja seja um organismo, por primeiro, precisa ser, efetivamente, o “corpo de Cristo”, pois sem Jesus nada poderá fazer (Jo.15:5) nem poderá ter vida (Jo.1:4; 14:6).
-A comunhão com Cristo é fundamental para que a Igreja seja um organismo. Por isso, o Senhor Jesus disse ser a videira verdadeira e nós, as varas, e a prova de que estamos em comunhão com o Senhor é estarmos a produzir o fruto do Espírito (Jo.15:1-6,16).
-A produção do fruto do Espírito (Gl.5:22) é elemento que identifica quem pertence à Igreja, porque é por meio destas qualidades que se verifica se estamos, ou não, unidos a Cristo, pois como disse o Senhor no sermão do monte:
“Por seus frutos os conheceres. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Assim toda árvore má produz bons frutos e toda árvore má produz frutos maus.
Não pode a árvore boa dar maus frutos nem a árvore má dar frutos bons. Toda árvore que não dá bom fruto, corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis” (Mt.7:16-20).
-Como disse o apóstolo Paulo, os integrantes da Igreja são pessoas cujo amor aumente mais e mais em ciência e em todo o conhecimento, para que aprovam as coisas excelentes e, desta maneira, são sinceros e sem escândalo algum até o dia de Cristo, cheios de fruto de justiça, que são por Jesus Cristo para glória e louvor de Deus (Fp.1:9-11).
-Nesta descrição dada pelo apóstolo, aliás, vemos nitidamente que a Igreja, enquanto organismo, é formada por pessoas que não se identificam visivelmente, mas pelas suas obras, pela sua condição espiritual.
-Há uma comunhão entre elas por meio de Cristo, mas se trata de uma situação sobrenatural, de modo que a Igreja, enquanto organismo, tem uma interação de seus membros que é de ordem espiritual.
É por isso que o apóstolo dos gentios afirma que, quando somos inseridos na Igreja, formamos um corpo que bebe de um Espírito (I Co.12:13) e esta inserção no corpo de Cristo (que não é nem o batismo em águas nem o batismo com o Espírito Santo) é “comer de um mesmo manjar espiritual, beber todos de uma mesma bebida espiritual, a água da pedra espiritual que é Cristo” (I Co.10:2-4).
-Este organismo guarda a unidade do Espírito pelo vínculo da paz, tendo um só corpo e um só Espírito, uma só esperança da vocação, um só Senhor, uma só fé, um só batismo e um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos (Ef.4:3-6).
-Enquanto organismo, a Igreja guarda a unidade do Espírito Santo, ou seja, está sempre atenta ao que o Espírito lhe diz (Ap.2:7,11,17,29; 3:6,13,22), pois o Espírito é o Espírito de vida (Rm.8:2) e a presença do Espírito Santo em cada um dos membros em particular da Igreja faz chegar a vida aos homens (Jo.7:38,39).
-A Igreja enquanto organismo tem vida espiritual porque o Espírito Santo habita nela e está com ela, ao seu lado, como Paráclito (Jo.14:16,17). Daí porque ser a Igreja indiscernível ao homem natural (I Co.3:12-16) nem poder ser reduzida a estruturas criadas pelos homens.
-A Igreja enquanto organismo guarda a unidade do Espírito pelo vínculo da paz, lembrando que a paz é a circunstância em que nos completamos com o Senhor, é a nossa união e comunhão com Cristo.
-Estando todos unidos em Cristo, que é a cabeça da Igreja, não há disputas, porfias, pelejas entre os membros em particular da Igreja. Quando isto ocorre, temos a demonstração visível de pessoas que são sensuais, que não têm o Espírito (Jd.19).
-A existência de dissensões entre pessoas que se dizem pertencer à Igreja é um indício de carnalidade (I Co.3:3), pessoas que estão andando segundo os homens e que, portanto, não podem dizer que estão a servir Cristo (Gl.1:10).
-Sabemos que há muitos que, sedizentes servos do Senhor e até fazendo a obra de Deus, como a pregação do Evangelho, fazem-no de forma carnal, apenas para gerar dificuldades, pelejas, porfias, como ocorreu em Roma, como nos dá conta o apóstolo Paulo (Fp.1:15-18). Estes não pertencem ao organismo.
-A Igreja enquanto organismo é um só corpo, ou seja, como já tivemos ocasião de refletir quando estudamos sobre a natureza da Igreja, ela é una, ou seja, é o corpo de Cristo, única Igreja, não há outra.
-A Igreja, pois, enquanto organismo é, como diz a Declaração de Fé das Assembleias de Deus, “…a assembleia universal dos santos de todos os lugares e de todas as épocas, cujos nomes estão escritos nos céus: ‘À universal assembleia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados’ (Hb.12:23).…” (DFAD XI, p.119).
-Este organismo está espalhado entre todas as tribos, línguas, povos e nações da Terra (Ap.5:9), distinguindo- se dos demais seres humanos pela sua condição espiritual, pois foram feitos filhos de Deus por terem crido em o nome de Jesus (Jo.1:12), mas é um só organismo, cuja cabeça é Cristo (Ef.1:22; 5:23).
-A Igreja enquanto organismo tem uma só esperança da vocação, ou seja, espera ser chamada para viver eternamente com seu Senhor nas Suas mansões celestiais, pois assim Ele nos prometeu (Jo.14:1-3).
-A Igreja enquanto organismo sabe que não foi chamada para permanecer aqui na Terra, onde deve pregar o Evangelho, mas tem consciência de que está numa peregrinação, que, a exemplo do povo de Israel, que caminhava no deserto mas tinha por objetivo chegar à terra de Canaã, também está caminhando neste mundo tendo por objetivo chegar à cidade celestial (I Co.15:51-56; Fp.3:20,21; I Ts.4:16,17; I Jo.3:1-3).
-Quando encontramos alguém que tem esperança somente nas coisas desta vida, ainda que deposite tal esperança em Cristo, temos uma indicação de que tal indivíduo não pertence ao organismo que é a Igreja, tanto que o apóstolo Paulo o considera como o mais miserável de todos os homens (I Co.15:19), o que, lamentavelmente, muitos sedizentes cristãos têm sido em nossos dias.
-A Igreja enquanto organismo tem um só Senhor e, portanto, obedece a Cristo Jesus e a ninguém mais. A Igreja não tem dois senhores e, portanto, não é um organismo que esteja atrelado às riquezas, aos bens materiais, pois quem o faz está servindo ao dinheiro e não a Cristo.
-A Igreja, também, não se faz servo dos homens, não procura agradá-los (I Co.7:23; Gl.1:10), não permitindo que homens se ponham como “mestres” e “senhores”, ainda que “intermediários” entre o salvo e Nosso Senhor e Salvador (Mt.23:8). Na Igreja, somos todos irmãos e Cristo é o primogênito (Rm.8:29).
-Na Igreja enquanto organismo, portanto, não existe a possibilidade de distinção de natureza entre os membros, separando-os entre leigos e sacerdotes, muito menos um culto à personalidade ou a criação de “autoridades” que façam um indevido discrímen entre a membresia.
-Não se quer, com isto, dizer que, na Igreja enquanto organismo, não haja distinção de tarefas e funções, até porque, num organismo, esta diferenciação, esta interação, como vimos, é essencial à sua própria natureza. Há, sim, hierarquia e distribuição de tarefas, mas jamais distinção de natureza entre uns e outros.
-A Igreja, enquanto organismo, tem uma só fé, ou seja, tem apenas uma doutrina, a saber, aquilo que se encontra nas Escrituras, que são as fiéis testemunhas de Cristo Jesus (Jo.5:39).
-A Igreja anda na verdade (Jo.3:21; 18:37; II Jo.4; III Jo.3,4), é guiada pelo Espírito Santo em toda a verdade (Jo.16:13), verdade esta que é a Palavra de Deus (Jo.17:17).
-A Igreja enquanto organismo é um ser que cumpre a Palavra de Deus, não sendo apenas sua ouvinte esquecida, mas fazedora de obra e, por isso, bem-aventurada (Tg.1:22-25).
-A Igreja enquanto organismo tem um só batismo e tal expressão nos aponta para a inserção no corpo de Cristo, consoante se descreve em I Co.12:13, não se referindo aqui ao batismo em águas nem tampouco ao batismo com o Espírito Santo.
-Somente pode ingressar na Igreja quem recebe a Cristo como Senhor e Salvador de sua vida, quem crê em Jesus e, então, é feito filho de Deus (Jo.1:12). Não existe outro meio de salvação a não ser crer em Jesus.
-Desta forma, não se pode ingressar neste organismo por um simples ritual, como defendem alguns, dizendo que o batismo em água perdoa os pecados e põe a pessoa em comunhão com Deus, ainda que seja apenas um recém-nascido.
-É verdade que o batismo em águas não pode ser renovado, porquanto se trata de uma confissão pública e de um compromisso que se assume diante de Deus, dos homens e da Igreja de ser fiel ao Senhor até a morte, algo de profundo significado espiritual e cuja renegação é a demonstração de uma incredulidade da própria ação do Espírito Santo em nossas vidas, algo extremamente sério e com consequências nefastas na vida espiritual.
-No entanto, não é disto que está a falar o apóstolo Paulo na epístola aos efésios, mas, sim, da única forma pela qual alguém pode alcançar a salvação e passar a fazer parte integrante da Igreja, por meio do convencimento do Espírito Santo.
-Um dos elementos que contribuíram para a paganização da Igreja no período do Império Romano, foi, justamente, esta concepção equivocada do batismo em águas, que permitiu que muitos inconversos passassem a integrar as igrejas locais e, assim, deturparem a organização, já que nunca fizeram parte do organismo.
-Lamentavelmente, isto ainda acontece, porque há muitos que são batizados em água e passam a pertencer a membresia sem que tenham se convertido, o que, naturalmente, muito perturbará a igreja local em que este intruso se encontra. Mas há ainda algo pior: em muitos lugares, não se tem exigido sequer o batismo em águas para que alguém participe das atividades!
-A Igreja enquanto organismo tem um só Deus e Pai de todos, que é sobre todos, e por todos e em todos. Cristo é a cabeça da Igreja, mas Deus é a cabeça de Cristo (I Co.11:3), sendo certo que, na dispensação da plenitude dos tempos, o Pai congregará todas as coisas em Cristo (Ef.1:10), pois, no fim de tudo, Nosso Senhor e Salvador tudo entregará o Reino ao Pai, quando tiver aniquilado todo império, potestade e força (I Co.15:24).
-A Igreja, portanto, é a primeira porção da humanidade que será levada ao Pai por Cristo (Hb.2:11-13) e, por isso, enquanto organismo, a Igreja, formada pelos filhos de Deus por adoção (Rm.8:14-17), tem a Deus sobre todos os membros, por agradar a Deus, é a Igreja protegida, abençoada e amada por Deus, que é por todos (Rm.8:31) e, por guardarmos os Seus mandamentos, Ele está em nós, pois somos morada d’Ele e do Filho (Jo.14:23).
III– A IGREJA É UMA ORGANIZAÇÃO
-Jesus, ao revelar o Seu mistério, isto é, a Igreja, disse que a edificaria. Assim, logo após a revelação deste novo povo de Deus, Jesus nos indica que se tratava de algo que era organizado, ordenado, de algo que tinha uma estrutura, sem o que não se trataria de uma “edificação”.
-A Igreja é o “edifício de Deus”, é a “lavoura de Deus”, o “corpo de Cristo”, “a coluna e firmeza da verdade” (I Tm.3:15), a “nação santa”, expressões todas que indicam haver uma ordenação, uma estrutura, uma ordem nesta entidade criada pelo próprio Deus, que, como sabemos, é um Deus de ordem, não de confusão (I Co.14:33).
-A primeira coisa que observamos com relação à ordem, à estrutura da Igreja é de que o edificador é o próprio Jesus. “Edificarei a Minha Igreja”, disse o Senhor Jesus.
-Vemos, pois, que a igreja não é algo que deva ser estruturado e moldado segundo os caprichos, as habilidades, palpites, experiências ou sabedoria humanos, mas, sim, segundo o modelo traçado pelas Escrituras Sagradas.
-Nos dias em que vivemos, onde tem tido grande avanço a ciência da administração, muitos têm sido tentados a implantar e criar “modelos”, “visões”, “estratégias” e tantas outras “inovações” para que se tenha uma igreja bem sucedida, exitosa e que sempre cresça.
-Tenhamos muito cuidado com tudo isto, pois a Bíblia nos ensina que a Igreja tem como edificador a Jesus Cristo e a Ele só. Ele não disse que a igreja era d’Ele e de todos os Seus discípulos. Sua expressão é bem clara: “Edificarei a Minha igreja”.
-Por isso, muito atual e oportuna a consideração feita pelo pastor Ariovaldo Ramos num artigo que deve ser lido por todos, onde afirma que muitos têm “tomado” a igreja de Jesus para si e que, por isso, o Senhor bem pode exclamar a tais líderes: “Devolvam a Minha igreja”.
OBS: “…Ouvi, certa feita, que um preletor, convidado para falar a pastores, começou sua pregação dizendo ter um recado diretamente de Cristo, e que o recado era: Devolvam a minha Igreja! difícil julgar algo assim, teria mesmo o recado vindo do Senhor?
Pode ser que não, porém, para mim, faz todo o sentido ter vindo dele, pois, é assim que eu sinto a igreja hoje, como usurpada de Cristo Jesus.
Talvez isso não tenha nada a ver com você, em princípio, mas pense na Igreja que está no Brasil como um todo. É a sua igreja.…” (RAMOS, Ariovaldo. Devolvam a Minha igreja. Disponível em: http://www.invsc.org.br/Artigos/devolvam_minha_igreja.htm Acesso em 19 out. 2006).
-A segunda observação a ser feita é a de que, além de ser o Edificador, Jesus é o fundamento da Igreja. Na própria “declaração de Cesareia”, Jesus nos mostra que Ele é o fundamento da Igreja, ao dizer que “sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja” (Mt.16:18).
Quem é esta pedra? Esta pedra é o próprio Cristo, como nos indicam o texto, o contexto interno e a correlação com os demais textos bíblicos. Senão vejamos.
-O texto refere-se a um diálogo entre Jesus e Pedro, logo após Pedro ter dito que Jesus era o Cristo, o Filho do Deus vivo.
Diante desta declaração, Jesus disse que aquilo havia sido uma revelação do Pai a Pedro e, acrescentando a revelação, disse que Seu discípulo era Pedro, ou seja, o nome que Jesus havia dado a Pedro tinha como significado “pedra”, mas que sobre “esta” pedra, ou seja, Jesus Se refere a Si próprio, pois usa o pronome demonstrativo “esta”, que indica a coisa ou a pessoa mais próxima da pessoa que fala (e a pessoa mais próxima de Jesus naquele instante, que era quem estava a falar, não era ninguém a não ser o próprio Jesus). Assim, o próprio texto indica-nos que Jesus Se referia a Si mesmo quando indica qual seria a pedra fundamental da Igreja.
-Mas, fora a interpretação gramatical do versículo, temos o próprio contexto interno, ou seja, a relação com os demais versículos da passagem bíblica.
Toda a passagem gira em torno da identidade de Jesus. Jesus pergunta a Seus discípulos quem os homens dizem ser o Filho do homem. Depois dos relatos advindos da população contemporânea de Jesus, o Senhor quer saber a opinião dos discípulos e Pedro, então, declara que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo.
Jesus, então, adverte que aquilo não era algo que Pedro tivesse obtido pela sua própria inteligência, mas uma revelação divina e a complementa dizendo que o nome “Pedro” que Ele mesmo havia dado ao Seu discípulo era também um símbolo, uma indicação, revelando, então, que a
verdadeira pedra, que era Ele próprio, além de ser o Cristo, seria o fundamento de um novo povo, a Igreja, “o mistério de Cristo”. O contexto fala-nos da identidade de Cristo e, portanto, esta pedra só pode ser o próprio Jesus, pois é este o assunto que está sendo tratado na passagem bíblica.
-Mas não bastassem estas evidências textuais, o fato é que as Escrituras, mesmo, em outros textos, mostram que o fundamento da Igreja é Jesus Cristo e nunca o apóstolo Pedro.
-O primeiro a nos indicar isto é o próprio Pedro, que, por ser quem estava dialogando com Jesus, é o mais apropriado intérprete das palavras do Mestre.
Pedro, bem ao contrário dos romanistas, tendo ouvido o que Jesus falou, ensinou, anos depois, que o fundamento da Igreja é Jesus: “E chegando-vos para Ele — pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, vós, também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo…” (I Pe.2:4,5). Pedro, portanto, confirma que a pedra, o fundamento da Igreja é Jesus.
-O apóstolo Paulo também caminha no mesmo sentido, ao mostrar que o fundamento da Igreja é Jesus: “Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.” (I Co.3:11). Dúvida alguma, pois, pode haver quanto ao verdadeiro fundamento da Igreja. A verdadeira Igreja, pois, não tem outro fundamento a não ser Jesus Cristo.
-Mas, além de fundamento, Jesus é, também, a cabeça da Igreja, ou seja, o Seu governante, o Seu rei, o Seu comandante (Ef.1:22; 5:23). Jesus foi constituído Senhor sobre todas as coisas (Mt.28:18; Rm.14:9) e não deixaria de sê-lo com relação à Sua Igreja, que Ele comprou com o Seu próprio sangue (At.20:28).
-Tendo criado a Igreja, nada mais natural que seja o seu Senhor, o seu Rei, o seu Governante. Por isso, todos os membros da Igreja, por maior autoridade que tenham, não passam de ministros de Jesus, ou seja, de Seus servidores (Mt.20:25-28; Mc.10:34-37; Jo.13:13-17;Ef.3:7).
OBS: As versões mais novas das Escrituras em língua portuguesa têm utilizado a expressão “o cabeça da Igreja” ao invés da expressão “a cabeça da Igreja” que constava das versões mais antigas. Deploramos esta modificação, pois não corresponde a uma correta tradução.
A expressão “o cabeça” tem a conotação de “líder rebelde”, de “líder de revolta” e, evidentemente, não é este o significado que as Escrituras trazem a respeito de Jesus diante da Igreja. Ele é o líder legítimo e natural da Igreja.
Além do mais, a expressão “a cabeça” está em perfeita consonância com a figura da Igreja como “corpo”, que é encontradiça e predominante na epístola aos efésios, onde aparecem as duas referências de Cristo como “cabeça da Igreja”.
-Por ser a cabeça da Igreja, é nas mãos do Senhor Jesus que está o governo da Igreja, o comando, a palavra final.
Por isso mesmo a Bíblia nos diz que é Ele quem constitui os ministros na Igreja (Ef.3:7; 4:11), sendo este, aliás, o sentido do ensinamento de que os ministros são “chamados por Deus”, constituídos por “vocação” e não por “formação acadêmica”, ensino este, aliás, que foi deturpado para um anti-intelectualismo que, durante muitos anos, foi o principal e equivocado “diferencial” entre os pentecostais e os evangélicos ditos tradicionais.
-Evidentemente que não tem qualquer respaldo bíblico o ensino de que o ministro é fruto de uma formação acadêmica, de que os “seminários teológicos formam ministros”, mas, também, não há qualquer amparo bíblico para se dizer que o ministro não deve ter formação alguma, pois é um “chamado de Deus”.
Quando alguém tem chamada de Deus, é vocacionado para o ministério, deve, sim, aprimorar seus conhecimentos e melhor se preparar para exercer o ministério. Deus não só chamou como bem preparou Moisés e Paulo, por exemplo.
-Jesus não delegou a pessoa alguma a liderança da Igreja. Diz a Escritura que Ele é a cabeça da Igreja. Mandou-nos o Espírito Santo, Deus como Ele, para estar conosco e em nós, sendo esta Divina Pessoa responsável pela importante tarefa de não nos deixar esquecer o que foi anunciado pelo Senhor Jesus (Jo.16:13,14).
-É, pois, na condição de Revelador de tudo quanto o Filho quer fazer na Sua Igreja, que o Espírito seleciona homens para o ministério (At.13:2) ou prescreve orientações para a Igreja (At.15:28). Assim, se nem a uma
Pessoa Divina é dada autonomia para dirigir a Igreja do Filho do Deus vivo, como ousam alguns homens querer arrogar para si a liderança da Igreja?
OBS: Não falemos do Papado, que se arroga o direito de ser “a cabeça visível da Igreja”, como se fosse possível a Igreja ter mais de uma cabeça, ou dos Presidentes mórmons, que se arrogam o título de Profetas e detentores atuais do Sumo Sacerdócio, ou, ainda, do Corpo Governante das Testemunhas de Jeová.
Falemos dos “pastores-presidentes”, “apóstolos”, “querubins”, “anjos de fogo”, “bispos”, “patriarcas”, “paipóstolos” que têm querido dominar o rebanho de Deus nos nossos dias, misturando suas vaidades, lascívias, ambições políticas e tantas outras coisas com a Palavra de Deus e buscando uma autoridade sobrenatural para impor suas sandices por sobre os servos do Senhor.
Vigiemos, estamos nos últimos dias, onde proliferam estes falsos cristos, falsos apóstolos e falsos profetas a tentar nos levar com eles para o fogo do inferno.
-Jesus estabeleceu na Igreja um governo, de modo que a existência de um governo na igreja (e tal governo só pode ser na igreja local) não se constitui em invenção humana nem em distorção doutrinária, mas no estrito cumprimento do modelo bíblico prescrito pela cabeça da Igreja.
-Por isso, se o “mandonismo humano” não tem respaldo das Escrituras, também não tem guarida na Palavra de Deus outras iniciativas dos nossos tempos de um verdadeiro “anarquismo cristão”, que defende um modelo de igreja onde não haja governo algum, onde “todos são iguais”, onde “não haja ministério” nem qualquer disciplina ou ordem de qualquer natureza.
Isto nada mais é que afronta à Palavra de Deus, verdadeira rebeldia, rebeldia esta que as Escrituras dizem ser do mesmo valor que o pecado de feitiçaria (I Sm.15:23).
OBS: Por isso, sem qualquer sentido o “localismo” defendido por Watchmann Nee, que tem angariado tantos adeptos na atualidade e cuja literatura perniciosa tem encontrado guarida em nossas livrarias e editoras. Também se encontram dentro desta distorção iniciativas como o gedozismo e suas variações no movimento celular.
-Neste governo, tem papel principal os apóstolos (Ef.4:11), que foram os “enviados” por Jesus para iniciar a pregação do Evangelho em todo o mundo, após o devido revestimento de poder. As Escrituras dão a estes homens uma posição de proeminência.
-O apóstolo Paulo afirma que os crentes são edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo Jesus Cristo a principal pedra da esquina (Ef.2:20).
Na visão que teve da santa cidade, João revela que o muro da cidade tinha doze fundamentos e os nomes deles eram os doze apóstolos do Cordeiro (Ap.21:14). Em Atos, vemos que a igreja primitiva perseverava na doutrina dos apóstolos (At.2:42).
-Verificamos, portanto, que o papel dos apóstolos foi muito importante, porque foram eles quem transmitiram aos convertidos os ensinos de Jesus, quem ensinaram a Palavra (At.6:4), ensinos estes que acabaram, por inspiração do Espírito Santo, complementando as Escrituras, com o Novo Testamento.
-Daí a sua proeminência na estrutura da Igreja e, ainda que entendamos que continuou a haver apóstolos ao longo da história da Igreja, o papel destes sempre foi o de ensinar a Palavra, expondo-a ao povo e de organizar as igrejas locais, tendo muito mais autoridade espiritual geral do que propriamente o governo das igrejas locais, o que bem difere estes homens dos “apóstolos” de hoje em dia, que são muito mais “administradores” e “empresários da fé” do que qualquer outra coisa.
-Além dos apóstolos, encontramos os profetas (Ef.4:11), que são servos do Senhor aquinhoados com o ministério profético, que é o de exposição da Palavra de Deus com unção e graça de Deus para a sua aplicação ao caso concreto.
Os profetas, assim como os apóstolos, não têm uma atuação circunscrita a uma igreja local ou a um conjunto de igrejas locais, mas são revestidos de uma autoridade espiritual, que transcende os limites das igrejas locais.
São porta-vozes do Senhor para o corpo de Cristo e que dão as devidas orientações e prescrições ao povo de Deus com vistas à sua edificação, consolação e exortação, como vemos, por exemplo, nos casos de Ágabo (At.11:28; 21:10) e das filhas de Filipe (At.21:9).
-Mas Jesus também constitui na Sua Igreja pastores (Ef.4:11), denominação que, em o Novo Testamento, equivale a de bispos, anciãos e presbíteros, que são, propriamente, aqueles que governam as igrejas locais, “apascentando o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas, voluntariamente, nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto, nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” (I Pe.5:2,3).
-Os pastores têm o dom de presidência (Rm.12:8) e o de governos (I Co.12:28), devendo, pois, estar à frente das igrejas locais, cuidando do povo de Deus e não, como infelizmente hoje acontece, tão somente das finanças ou da própria sobrevivência, preferindo o ouro do templo ao templo, a oferta do altar ao altar (Mt.23:16-21).
-Os pastores, porém, não podem ficar solitários à frente da igreja.
Jesus constitui junto a eles mestres, para auxiliá-los no ensino da Palavra (Ef.4:11);
evangelistas, para auxiliá-los na pregação do Evangelho (Ef.4:11);
diáconos, para cuidar da assistência social e material na igreja local (At.6:1-3);
membros portadores de dons espirituais, para exortação, consolação e edificação da igreja (I Co.12,14);
músicos, para o louvor e adoração nas reuniões eclesiásticas (I Co.14:26;Cl.3:16);
membros portadores de dons assistenciais, para a ajuda material e espiritual aos necessitados (Rm.12:6-8).
-A igreja é aquinhoada pelo seu Senhor com tudo o que é necessário tanto para a evangelização dos pecadores quanto para o aperfeiçoamento dos santos, pois a obra é d’Ele e não de cada um dos integrantes da igreja local.
É ele quem dá os talentos para que os Seus servos com ele negociem e possam ser achados fiéis e aptos a entrar no gozo do seu Senhor (Mt.25:14-30).
-Nesta organização, necessário se faz que se crie uma estrutura material, inclusive para permitir a convivência da Igreja na sociedade onde se encontra.
Em nosso país, por exemplo, necessário se faz que cada organização religiosa se constitua como uma pessoa jurídica, tendo um estatuto devidamente registrado nos órgãos competentes, como também a sua existência comprovada e documentada diante das autoridades.
-Assim, não há como se realizar a obra do Senhor sem que haja toda esta formalização da Igreja como uma organização, segundo as leis de cada país, para que se possa cumprir a Grande Comissão e as missões atribuídas pelo Senhor Jesus à Igreja.
-A igreja enquanto organização é uma necessidade, porque, além de tudo ter de ser feito com ordem, pois nosso Deus é ordeiro, como já vimos, devem os servos de Jesus ser cidadãos exemplares, cumpridores das leis e das regras vigentes, em especial no que concerne às atividades determinadas por Cristo para a salvação das almas.
-Verdade é que a Igreja, enquanto organização, não se confunde com a Igreja enquanto organismo, não podendo a organização sufocar o organismo, o que costuma ocorrer quando a organização passa a servir a interesses outros que não os do Senhor Jesus.
-A organização da Igreja não pode deixar de observar os parâmetros da Bíblia Sagrada, sempre lembrando que a multiformidade é a característica da Igreja, de modo que não há como se estabelecer apenas uma forma de organização, pois a organização, por ser algo feito entre os homens, tem de se adaptar a cada cultura, a cada maneira de viver.
-Ao longo da história da Igreja, inclusive, a própria forma de governo tem variado, havendo base bíblica tanto para o modelo monárquico, em que o governo se encontra nas mãos de uma pessoa, o “bispo”, daí porque se denominar de forma episcopal de governo (seguido pelas Igrejas Romana, Anglicana, Metodista, v.g.); quanto para o modelo aristocrático, em que o governo se encontra nas mãos de um grupo, o presbitério, e por isso é denominada esta forma de forma presbiterial (seguida pela Igreja Presbiteriana) e o modelo democrático, em que a membresia exerce o governo, a congregação governa, daí ser chamada de forma congregacional (seguida pelas Igrejas Congregacional, Batista, v.g.).
-Esta discrepância de formas de governo é apenas uma demonstração de que como não há uma única organização e que isto não retira a unidade da Igreja, pois a unidade diz respeito ao organismo, não à organização.
-Verdade é que nenhuma organização pode querer encerrar o organismo em seus parâmetros. Toda vez que estruturas tentaram se sobrepor ao organismo, o resultado foi deletério para a organização, que,
simplesmente, perdeu o Espírito Santo, deixou de pertencer ao organismo, sendo tão somente uma organização religiosa como tantas outras já existiram e existem ao longo da história da humanidade.
-O próprio comentarista do trimestre, num post que fez em sua página no Facebook, por ocasião do estudo do avivamento, no primeiro trimestre de 2023, apontou esta sobreposição da organização sobre o organismo como um dos fatores do declínio do avivamento pentecostal no Brasil, o que chamou de “institucionalismo”, que, segundo ele, “…fomentou disputas por espaço e poder, transformando algumas Convenções em verdadeiras Prefeituras…”.
-Temos aqui um grave mal que pode trazer dano ao organismo, qual seja, a de uma organização que passe a viver em função de sua estrutura, que procure preservar tão somente o poder político, econômico e social, buscando os seus próprios interesses e não os de Cristo (Cf. Fp.2:21), temos uma situação em que a estrutura, tal qual o templo em Jerusalém, ficará ausente da presença de Deus e, mais cedo ou mais tarde, será destruída, não ficando “pedra sobre pedra que não seja derribada”.
-A Igreja precisa ser, ao mesmo tempo, um organismo e uma organização, mas a organização jamais pode sair do organismo. Pensemos nisto!
Pr. Caramuru Afonso Francisco
Fonte: https://www.portalebd.org.br/classes/adultos/10216-licao-6-igreja-organismo-e-organizacao-i